28/05/2021

EMANUELA DE SOUSA: Dilúvio dos românticos

Por Emanuela de Sousa*



Me disseram que sou muito romântica 
Perguntaram- me em que mundo eu vivo,
Duvidaram se o romantismo ainda está vivo 
Perguntaram para quem escrevo. 

Respondi "não sei". 
Não sei do mundo, não sei o que aconteceu de fato com a poesia que havia nele. 
Mas sei que o romantismo ainda está em mim, nas paredes do meu quarto, na ponta dos meus dedos e nos meus olhos. 

Eu vivo em outra dimensão, 
Em um mundo onde existe encanto e beleza.
Toda vez que atravesso a Avenida Paulista e assisto a arte se desdobrando nas esquinas, 
penso em você, logo, meus pés flutuam. 

Mas o jeito que você me envolve 
E me pede de volta,
Sem precisar olhar nos meus olhos
que faz com que eu tenha os pés longe do chão. 

Você se torna uma perfeição 
Me faz seguir numa única direção 
Me devolve os versos, 
Ainda há resíduos seus nos meus cadernos. 
Te encaixa de volta no coração. 

Me disseram que estou ficando louca, 
Que estou fora de controle 
Disseram que sou pecadora 
por amar uma mulher. 
Deixem que digam,
Deixem falar! 

Só não deixe que estraguem nossos sonhos
Doces ou eróticos,
Vigie o brilho que ainda há em meus olhos,
Podem rouba-lo de nós. 

Aquecidos pelo calor humano
Blindados pela poesia e encanto, 
Nem mesmo o dilúvio e as grandes  tragédias pode parar os corações românticos.


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*Emanuela de Sousa é cronista, escritora e estudante de Jornalismo. Fez teatro aos 11 anos e se arriscou pela pintura e em desenhos, mas foi na escrita que se encontrou.Hoje Emanuela é autora de dois livros publicados: Interrupto, sobre todas as coisas que guardei (2016) e Coração a bordo (2020) Além dos livros ela é colunista em um Portal, o Potiguar Notícias.  

27/05/2021

THALIA TORRES: Dialética-em-demasia

Por Thalia Torres* 


Como os ventos que nos sopram os ouvidos, o tempo é imprescindível...

Lembranças  contidas em folhas, carregam a mescla-míope-do-tempo e ele as transforma em cinzas.

A terra pré histórica, á terra colonial, os fascismos,  ás grandes guerras, as divisas e blocos continentais, á cortina de ferro, as grandes uniões político-européias, os processos ultramilitares, a resolução do mundo contemporâneo, os passos lentos dos processos democráticos (á marcha irrefreável para o progresso), avisam á erupção de um bravo "novo mundo".... Escuta-se o tempo fluindo no mais completo silêncio.

Fica-se mais moço? Ou já não se tem cicatriz?

A humanidade se veria noutra cidade-de-pensamento ou sob ás trincheiras do inseguro-evitativo? O mar conhece as rochas e se afogar não é pecado.  A história caminha atropelando seus próprios pés. A vida é a estrada e o tempo é a linha que destina esse traçar. O tempo é inerente ao viver, inerente ao ter, inerente ao ser.  

A história patina sobre o fino gelo da vida moderna. O tempo é essa contagem ostensiva de morte cultural. O hoje converte numa perfuração humana no futuro por onde o passado começa a jorrar.
Logo tudo se inicia novamente e, tudo o que se perdeu, ainda flui. São os prêmios do tempo...

Ele flui como o sangue que interliga a humanidade, como á agua que a emerge, como o pano axiológico que a envolve. que a cobre.  Logo o tempo flui sem dor e ardência. 
Logo ele reverbera; o tempo é uma planta que se alonga mediante o sono obssessivo da humanidade.
Logo vamos para o futuro! Oh, não chores...Vamos, erga a cabeça para o procedimento do novo mundo que te abraça!

Logo vem novo conflito; A infância se perdeu. a mocidade se perdeu, dizia Huxley.  A existência continua...

Os valores mudam. Ás tradições ainda são resquícios de um mundo que acabara de se reproduzir. O capitalismo acende com mais petulância, e o tempo se torna a mercadoria daqueles que usufruem de seu privilégio de detenção. 

Para outros, o tempo condena á ação sob á matéria e cria um mundo de homens eficientes sem autoeficiência.
 
A produção em detrimento da vida; a troca da alma por algumas moedas de combinação simbólica que esvaziam o homem-de-acúmulo. Eis aqui o materialismo histórico, onde a a única dialética é demasiar-se em martírio.

Logo esse processo do "novo mundo" se inicia, e tão claro feito dia, feito uma frase que diz: "é dessa cor!" (que cor?)  Que cor e cara tem esse mundo de "meu Deus"?

Tem as cores azul, branco e vermelho que cintilam o orgulho dos franceses? Tem a bravura de uma revolução sangrenta e o caráter disinibido de uma revolução burguesa?

Ou é tão cizento quanto a fumaça que denuncia á chegada da grande primeira revolução industrial? Tão rico em minério quanto a Inglaterra no fim século XVIII, é o tempo. Este queima feito carvão....
O tempo é o feicho invisível que nos salta aos olhos;

O tempo arde feito brasa. É panorâmico, polaróide.  Apocalíptico-caleidoscópico. A busca por modernidade exerce o gás que impulsiona o mundo para o futuro recheado-de-passado. Um oceano de névoas. 

E então, o mundo já não tens roupas, e nem necessita. A vestimenta agora se prepara para violentar o gosto do antigo mundo. O mundo que não mais é meu, tampouco seu, nem sequer de si mesmo este mundo agora é. 
O mundo se prepara e larga o trampo para a hora do almoço, mas seu jantar agora é silêncio e sua fome, não come. Sinto que o tempo, abate sob á humanidade, uma aceitação maior de tudo o que lhe parece absurdo e inevitável, ele tem medo de "novas descobertas", de "novos ídolos", de "novos carrascos", de "novos mitos" e "novos mentirosos". 

O tempo tem medo da história, porque essa marca em seus extremos, á ferro quente, os seus maiores inimigos e detentores, os seu algozes. Já a história, por outro lado, teme o esquecimento, e o esquecimento teme aos fatos e estes, temem que a humanidade também os esqueça. 

 A humanidade tem de se reiventar pra sobreviver para ela mesma. 
As intermitências históricas fazem parte do "novo mundo" para o admirável mundo novo. Um mundo de lobotomia, um mundo devastado em consumo, em ansiedade, em angústias, em tristeza. Um mundo enfim, em depressão. Um mundo que adoeceu, um mundo que precisa viver, renascendo das cinzas, na perspectiva que seja este, um mundo humano-demasiadamente-humano.


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*Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.  

23/05/2021

DIEGO SILVA: Ecologismo dos Pobres

Por Diego Silva*
14.11.2019



O ecologismo possuí várias vertentes e sobre cada uma delas existe uma perspectiva extremamente
econômica em suas bases de fundação. Como por exemplo o Culto ao Silvestre e o Evangelho da
Ecoeficiência, ambas correntes de pensamento ecológico, porém com interesses mais diferentes do que
similares do Ecologismo dos Pobres ou Ecologismo Popular, supracitado acima. São correntes de
pensamento ecológico que não vão de embate contra esse progressismo exacerbado. Entanto que as
mesmas não radicalizam contra o industrialismo e nem com os problemas que geram as usinas nucleares.
Diferentemente do Ecologismo dos Pobres que visa encarar de fato amplos problemas que o capitalismo
causou. Enfrentando desde a área ecológica como também política, social e econômica. Lembrando que
independente de qualquer coisa, esses debates estão extremamente interligados.

Essa terceira corrente do ecologismo que agrega defensores de suas pautas hoje no mundo inteiro, seja
identificados como seus subgêneros (como Ecossocialistas) ou ativistas que fizeram história no Brasil e no
mundo como é o caso do saudoso Chico Mendes, que foi assassinado por latifundiários por o mesmo
defender a natureza e os mais pobres. Também norteia o rumo de organizações populares que trabalham e
pautam essa luta. Exemplo a citar temos o Movimento Rural dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) que
estão a trinta e cinco anos em atividade em defesa da reforma agrária, do meio ambiente e de uma outra
sociedade. Fazem um trabalho enorme no Brasil com famílias que foram desapropriadas pelo latifúndio e
deixadas à margem pelo Estado. Da mesma forma no Brasil existem outros movimentos ligados a ecologia
dos pobres como a Via Campesina (que também se articula no mundo inteiro), a LCP (Liga dos
Camponeses Pobres) que estão a 24 anos radicalizando a luta por terra e por reforma agrária no Brasil.

No entanto a política ecológica sofre várias perdas com o crescimento de tendências de pensamento
ambiental que não dialogam com o social e nem com os menos favorecidos. Visto que falar de ecologismo
é falar também dos povos originários, é falar de quilombolas e de produtores rurais que estão nos rincões e
nos mais distantes locais. Onde o homem “civilizado” não consegue chegar ainda com sua tecnologia e seu
progressismo. Mas para além da luta dos Movimentos Sociais de Camponeses e Agricultores Familiares e
também da luta por direitos e sobrevivência dos povos originários o ecologismo dos pobres também pauta a
questão da migração ambiental que é um dos temas mais debatidos hoje. Pois é um tipo de êxodo rural só
que por questões econômicas e sim pela degradação ambiental. Onde o meio ambiente totalmente poluído e
devastado trouxe como consequência mazelas vindas das mudanças climáticas. Inundações e secas tem
feito milhões de pessoas mundo a fora se deslocarem de seus territórios.

Por fim um dos importantes temas também trabalhado por essa corrente de pensamento e que tem ficado à
margem de muitos debates é a ideia de Democracia Participativa, que é o lado mais político do ecologismo
dos pobres. Pois visa colocar o povo nas decisões e não apenas sendo um tipo de coparticipante do
processo. Exemplo de como se efetua essa participação é a participação nos processo de tomadas de
decisão e do controle do exercício do poder. Assim como também através de referendos, plebiscitos e vetos
populares. Isso acarretaria numa política de base feita pra grande maioria da população. Tendo como seu
principal agente decisório a maioria das pessoas e não apenas alguns ditos representantes.

O Ecologismo dos Pobres chega parecer muito utópico, porém é a mais clara forma de levar justiça,
igualdade e solidariedade para os oprimidos do mundo.


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*Editor do blog e Licenciando em Ciências Sociais (UVA). 

20/05/2021

THALIA TORRES: Quanta ansiedade o eu lírico me deu?

Por Thalia Torres* 


Acordo para a "morte'.
Lavo o rosto. Visto-me. Barbeio-me. Calço-me.
A impressão de último-dia me consome todos os dias;
Um dia cotado de nenhum pressentimento,
Tudo funciona, pessoas morrem, tudo gira,
e como de costume, e apesar do pior, saio para a rua. Irei morrer! 

Não morri, tampouco morrerei agora, medo contínuo... 
Mais um dia se desata á minha frente; Quantas coisas ainda faltam á se acumularem no tempo?
Se não fossem estes blocos e notas, mal saberia á mim, comprimir e, ao mesmo tempo, exercer tantos medos e faces, que o anseio-dos-tempos me destina;

 Caminho no centro, nos escritórios, me vejo nos espelhos da vitrine das lojas...
Vejo mãos que não apertam, olhos míopes, bocas que sorriem ou simplesmente, desfilam-se em escancaros, um orvalho sobre o paladar selene reagindo em silêncio á incerteza dos dias...
Entendi que a morte se dissimula. 
Não me despeço, não temo seu bago e tática, nada sei. 

Ouço música doce, um arrepio violino, ou vento. Não sei.
Mais uma vez, não é a morte. É o sol. É ele quem ardeia os grandes conflitos noturnos dos homens, movendo-os nas engrenagens do dia. 
Tenho pressa. Irei morrer? Peço desculpas aos homens de passos lentos, mas quem sabe faz a hora, não espera acontecer. 

Vibram-se o tinir dos talheres. Os cafés, retinam-se nas xícaras e anedotas. 
Vejo cartazes. Tenho pressa! Compro um jornal. A sinto bem perto. Ela virá? É pressa. Embora não morra o aqui e agora, quero viver o viver. As vezes é preciso aprender a correr, antes de começar a andar. Aprender a voar, pra não se desesperar em correr.

O dia já vai metade. De que adiantou a pressa?
A rota que busco traçar não me avisa que começo ela tem por acabar. 
Estou cansado. Quero dormir! Mas ainda há preparativos e outros mil por vir. 
Recebo cartas, faturas. Faço mil coisas e nada. 
Ainda falta muito a se receber. 
Procuro ao extremo por comprimidos, não tendo ela o que preencher. Combino planos, encontros a que nunca irei. 

Sob á pronúncia de palavras vãs, minto em dizer: até amanhã. Pois não haverá. Tem de não haver! Preciso morrer?
Me declino com o fim de tarde. Minha cabeça dói de pensar. Procuro um alívio, uma pílula, uma água para me afogar. Desta dor não morrerei.
A morte me engana. Na túnica dos ansiosos, ela trapaceia os céticos, trapaceia os deuses e os mentirosos. Também tenho pressa em verdades?

Volto á casa. De novo me limpo. 
Os pensamentos apresentam-se ordenados.
No roupeiro, o pó-do-dia. 
Fecho meu quarto. Fecho minha vida. 
O elevador interno me fecha. Estou sereno do medo que me restou do dia.


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*Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.  

NOTÍCIAS: Reitor recebe carta de reivindicações de estudantes da UVA em reunião com presidente do DCE


Em reunião na terça-feira, 18 de maio de 2021, com o presidente interino do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UVA), Daniel Carneiro Mendes, o reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) Fabianno Cavalcante de Carvalho recebeu carta de reivindicações assinada por 257 alunos da UVA e centros acadêmicos. A reunião, realizada na Reitoria, no campus Betânia, teve a participação da Vice-Reitora Izabelle Mont’Alverne e da Pró-Reitora de Assuntos Estudantis, Andrea Moreira.

Na carta, endereçada “aos órgãos responsáveis pelo ensino superior do Estado do Ceará”, os representantes estudantis se manifestam “pelo concurso para professores e funcionários, efetivação e ampliação da política de inclusão digital, e ampliação das bolsas de Assistência e Permanência Universitária, por uma Universidade Democrática, que o processo estatuinte ganhe celeridade, e em defesa das vidas, vacina para todas e todos”, diz o documento.

Na avaliação do presidente interino do DCE/UVA, a reunião foi produtiva. “O reitor é aberto ao diálogo, o que é muito positivo”, disse Daniel, estudante de Licenciatura em Geografia e à frente da diretoria da entidade estudantil, desde fevereiro de 2021.

Entrega de chips de dados móveis de Internet a estudantes da UVA

Sobre este ponto, o reitor novamente esclareceu que, “visando à saúde de todos e em atendimento às medidas de isolamento social rígido, adotadas pelo Governo do Ceará, necessárias para enfrentamento da pandemia da COVID-19 em todo Estado e, ainda, aos decretos municipais, que restringem o deslocamento de outros municípios para Sobral”, a distribuição dos chips teve que ser adiada. Ressaltou que a distribuição, inicialmente aos estudantes residentes em Sobral, foi realizada nos dias 4, 5 e 6 de maio, com novo agendamento nos dias seguintes. De acordo com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), dos 461 estudantes cadastrados com residência em Sobral, somente 156 compareceram para receber o chip, até 19 de maio. No total, 1.532 chips foram destinados à UVA, atendendo ao número de estudantes que se cadastraram para receber o benefício.

A Reitoria estuda, juntamente com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (SECITECE), uma forma de resolver os casos de estudantes que moram em municípios e localidades e em que só há sinal da operadora Vivo, que não está entre as empresas que participaram da licitação para compra dos chips.

A Reitoria solicitou, ainda, que o DCE oficialize, para que seja encaminhado, o pedido de distribuição de tablets dentro do programa emergencial de assistência estudantil durante a pandemia. “É algo que já havíamos cogitado junto à SECITECE”, disse o reitor. 

Concurso para professores e técnicos-administrativos e ampliação das bolsas PBPU

O reitor da UVA esclareceu que os processos para a realização de concurso têm sido encaminhados pela Reitoria e que “seguem procedimentos próprios da Administração Pública, que visam ao cumprimento de normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal”, disse. “Tem sido um trabalho constante nosso, mas, como início da pandemia as prioridades são determinadas pelo Governo do Estado”, lembrou o reitor.

Sobre a ampliação do Programa de Bolsa de Permanência Universitária (PBPU), o Professor Fabianno afirmou que esta é uma demanda da UVA em pauta junto à SECITECE e FUNCAP.

Estatuinte

Sobre a reivindicação de que “o processo estatuinte ganhe celeridade”, a Reitoria reafirmou que “desde o início, tem dado todo o apoio para a realização da Estatuinte”. A vice-reitora Izabelle Mont’Alverne chamou atenção para o “esvaziamento das reuniões pela ausência dos representantes, com sucessivas faltas de quórum, mesmo antes da pandemia, o que tem sido o principal empecilho ao andamento do processo”, afirmou.


Via Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) 

19/05/2021

VICTOR ARAÚJO: O Bolsonarista é legitimado socialmente.

*Por Victor Araújo


Muitas vezes reclamamos de como os bolsonaristas são teimosos, cabeças duras, que sempre fazem vista grossa para as ações do Bolsonaro ou usam argumentos simplórios. Evidentemente, muitos dos que votaram em 2018 já se arrependeram, mas existe aquela parcela que não abandona o barco por nada, como se estivessem em uma batalha.

Sim, essa racionalidade de combate é um dos impulsos de apoio ao Bolsonarismo, mas não somente ela. O aspecto mais intrigante é essa lavagem cerebral onde nada faz com que esse "núcleo duro" mude de ideia e pare de apoiar o presidente. Acredito que esse seja um trabalho para a psicologia. 

É correto afirmar que muitos bolsonaristas simplesmente copiam o que os influenciadores ou políticos bolsonaristas falam. Exemplo disso é por a culpa das milhares de mortes da pandemia nos prefeitos, governadores, STF, mas nunca no presidente.

Apesar disso, quando não existe um argumento Bolsonarista pré fabricado para determinado assunto, eles recorrem ao senso comum, sobretudo quando são questões "morais".

Se o assunto for pauta LGBT, o argumento é:
Só existe homem e mulher. Ponto.

Se for segurança pública:
É só matar bandido.

Se for educação:
O estudo é pra "vencer na vida".

Se for na relação pais e filhos:
Apanhei e nem morri. Tá aqui hoje eu, pessoa de bem.

Se for desigualdade:
É só trabalhar que dá certo.

Se for racismo:
Não tem diferença entre negros e brancos. É todo mundo igual.

Enfim, para várias pautas sociais, existe um argumento do senso comum que o bolsonarista utiliza.

A grande pergunta: como se resolve isso?

Bem, vamos compreender melhor a questão. Como afirmei no começo do texto, o bolsonarista se sente legitimado socialmente.

Ele acredita que não precisa dessa "frescura" de teoria, conhecimento científico, exceto quando essas coisas tiverem algum valor prático e imediato na sua vida.

Entre o conhecimento científico mais desvalorizado pelos bolsonaristas está o da ciências sociais. Apesar de que vemos políticos bolsonaristas contrariando até os conhecimentos da medicina que está no campo das ciências naturais, o alvo maior dos bolsonaristas é o conhecimento da ciências sociais.

Para as várias pautas sociais em que os bolsonaristas utilizam argumentos do senso comum, existem estudos consagrados das ciências sociais que ajudam a compreender melhor cada uma delas.

"Ler sobre racismo estrutural para quê? por exemplo, se no meu dia-a-dia consigo sobreviver, trabalhar, criar os filhos, etc., sem precisar desse conhecimento."

Enfim, existe a recusa em olhar de outro modo o seu cotidiano e a própria realidade social, utilizando o estranhamento e, assim, desnaturalizando diversas coisas que são aceitas como verdades.

O bolsonarista tem seus dogmas, vive com eles e não há nada que os faça achar que precise deixa-los de lado para pensar de uma outra forma.

A esquerda vai fazer o quê? Emitir uma nota de repúdio?


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*Bacharel em Ciências Econômicas e Licenciando em Ciências Sociais. 

18/05/2021

DINO: ‘Não tínhamos ilusão, mas Bolsonaro é pesadelo inimaginável’



O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é “um pesadelo inimaginável”.

Em entrevista à Rede Carta, Dino comentou a gestão do governo federal no combate ao coronavírus.

“Eu nunca tive nenhum tipo de ilusão, de esperança com Bolsonaro na Presidência da República, eu conheço ele, fui deputado com ele. Agora [o que está acontecendo] é um pesadelo inimaginável”, disse o governador.

“Pega seu pesadelo, coloca a enésima potência e nós chegamos a esse quadro. Eu não estava preparado para tantas tragédias. O preço desses entraves do governo Bolsonaro é o aumento do número de óbitos. Não podemos naturalizar essas mortes, são vidas”, acrescentou.

Dino reforçou que espera a aprovação, pela Anvisa, da vacina russa Sputnik V.

“Enquanto isso, na Argentina 12 milhões de vacinas Sputnik já foram aplicadas, razão pela qual temos um indicador objetivo de segurança e eficácia”, disse.


Via Carta Capital

Nota de pesar do PCdoB Sobralense pelo falecimento do Vereador Pedetista Itamar Ribeiro

NOTA DE PESAR

É com imenso pesar que o Partido Comunista do Brasil - PCdoB de Sobral lamenta o falecimento do Vereador Itamar Ribeiro, ocorrido nesta madrugada (18/05). Manifestamos nossos sentimentos a todos amigos e familiares. 

13/05/2021

Se desligue um pouco do radicalismo moderno

*Por Diego Silva


Já repararam que o termo usuário é mais usado para consumidores de drogas e redes sociais? Pois é. Nós consumidores de redes sociais somos uma espécie de viciados em exposição, fofoca e vida alheia. Adoramos passear pelo feed do instagram para ver a "maravilhosa" vida de aparências dos outros. Da mesma forma usamos o facebook para se alimentar de tudo que é tóxico e radicalizado. 

Passamos horas e horas estragando nossa sanidade e depois não imaginamos como nos ocorreu a chegada de vários problemas psicológicos como por exemplo a ansiedade. Parece que o radicalismo da modernidade ou a pós-modernidade já tratou também de destruir nossa vida mental e social (logo já estar destroçando nossa vida trabalhista). 

Dito isto tenho refletido sobre o imenso tabu que as pessoas possuem em se isolar um pouco desse insano mundo virtual. Não se desligam. Não dão um tempo. 

Amanhecem e dormem com o celular na mão reparando e comparando a falaciosa vida dos "(des) influencer" com a sua. Isso tudo no mundo mágico das subcelebridades que é o instagram. 

Poxa, a vida é mais que um storie com um sorriso falso. Aproveitar uma boa conversa pessoal, um encontro às cegas ou uma tarde sozinho (a) não tem preço. É preciso se encontrar. Se dar mais valor. Se levar pra jantar ou beber é um privilégio que a vida depressiva das redes sociais não pode comprar. Mudar não é tão ruim. 


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*Editor do Blog

03/05/2021

OPINIÃO: Tiro no pé

Por Diego Silva*



Desde muito tempo já sabemos o quão ridículo, infantil e oportunista és defender ou ter, como diz a necro-direita tupiniquim, político de estimação. Mas isso se torna mais putrefo quando se apela para moralismos. No entanto outra situação ridícula se aparece [isso devido graças as redes sociais] que é a defesa moral de partidos políticos. As e os militantes hoje, e talvez sempre, fazem uma verdadeira guerra na ruas e redes em defesa da moral de seus partidos. Uma disputa enorme para saber quem é ou foi mais santo. Qual legado teve menos roubo ou corrupção. Uma lástima. Coisa de quem se afetou pela sujeira que percorre os esgotos da política institucional. Pois para muitos brigar é a lei. 


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*Editor do Blog. 

02/05/2021

DIEGO SILVA: Salário mínimo, fome e miséria

Por Diego Silva*

         Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles


A cópia grotesca da política econômica do ex-presidente F. Collor feito pelo (des) governo Bolsonaro tem esvaziado a mesa do trabalhador. 

Destaco também a lamentável situação, hoje gourmetizada pela mídia retrógrada brasileira, da volta do fogão de lenha. Ou como popularmente chamamos "Fogareiro". 

A verdade é que a miséria tem feito ataques enormes a sobrevivência humana. 

Mas a consequência dessa miséria inteira vêm do satânico neoliberalismo adotado pelo o atual governo. Logo nosso salário mínimo não dá para manter o básico em uma família de quatro pessoas. 

Enfim, se formos colocar na ponta do lápis veremos o porquê da fome estar se alastrando. Gás caríssimo. Energia. Água. Carne. Tudo extremamente no mais alto preço. 

E quem paga toda essa conta causada pelo apocalíptico governo neopentecostal? Os pinhaço dos mais humildes. 

Então: Barbárie ou revolução!?


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*Editor do Blog

01/05/2021

THIAGO SILVA: Pinturas de você

Por Thiago Silva* 

                         (imagem do filme Por Lugares Incríveis)


Às vezes me pego fora do que chamo de pensamento normal. Caio definitivamente no mundo da lua ou melhor, da lua com sua face cravada nela. Resplandecendo várias formas e pinturas de você. 

Posso parecer até um lunático (não só devido a lua rsrs) mas te pinto sempre de várias cores. Como quadros sacros marianos de várias nacionalidades. Cada qual esculpindo sua cor e detalhes numa mesma figura. Doentio? Não. Apenas a ilusão fantasmagórica que estás presente ainda em minha vida. Logo, se penso em você é porque ainda prevalece algo seu. 

De certo estou convencido que não estou preparado para amar. O ultraromantismo de Álvares de Azevedo é minha chaga. Quero desvincular essa fobia de considerar meus amores passageiros como angelicais. Sobrenaturais. Divinos. 

Enfim, pretendo pintar você com cores apenas de passado e não mais de um presente que ao mesmo tempo me faz sentir saudades.

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*Poeta redencionista, amante da caatinga e da boêmia cafeeira. Escreve em tempos de cólera e de paixão. Servidor Público

RONALDO VIGILANTE: Deus Não Faz Acepção de Pessoas


 

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