28/01/2022

LÚCIA SALES: Pequenas dúvidas

Por Lúcia Sales*


Nossa, chegou a tal da sexta- feira, tão igual a outros dias que quase não soube dizer que dia é hoje. O diferente é só a questão climática para quem não mora no Ceará, o restante fica preso em algo que você já viu ou até mesmo fez.

Ficar preso em dívidas não te leva a caminho algum, vejo o ser humano pateticamente mentir sobre o amor para aqueles que realmente sabem amar, e os que sabem amar ficam em um beco sem saída da solidão, talvez por isso esteja sempre tentando disfarçar com um sorriso mais alegre no rosto.

Se você não quer o para sempre, não deveria nem começar, já que tem outra pessoa em mente. E mentir com palavras bonitas não te faz a melhor pessoa para ela.

Meus olhos doem sempre quando assisto os noticiários, o ser humano tem a capacidade de agir com tamanha crueldade. As vezes perto de você tenho que conter as lágrimas sempre para evitar óbvio estampado no dia dia.

Minhas lágrimas deveriam ser livres, mas tenho a mania de controlar. Quando sinto meus olhos arderem já dou uma freada, algumas gotas de água saem dos meus olhos, limpo antes que chova mais forte. Afinal tem coisas e pessas que não merecem um pingo de lágrimas.

Manter a paciência diante de tamanha burrice é para poucos. Vejo que sempre volta a cometer os mesmos erros que fez da primeira vez, há cosias que não mudam, só muda o cenário, as pessoas. A lógica é pra aprender e não repetir os mesmo erros .

Hábito tão sutil de querer amar o que não pertence a você. Parece loucura a forma de querer, fazemos cada coisa e falamos cada palavra bonita. Quando da certo ótimo e quando não dar voltamos para nossa solidão que nunca nos abandona por nada.

Você nunca soube o quanto era encantada pelo seu jeito, suas falas bonitas em inglês ao qual hoje posso traduzir. Mas tempo é como vento, bem forte nos separou de uma maneira que não pude me despedir. E talvez hoje só eu lembre de você.

Queria saber o que passa na sua mente, já fazem alguns anos e ontem notei que não sei quem é você. De aparência parece uma pessoas boa, mas por trás dessa carinha doce parece guardar muitos segredos.

Tentando me encontrar novamente nesse furacão que passou pela ninha vida, deixando marcas de dor e um coração quebrado. Aqui estou novamente juntado os cacos dos caos que você deixou quando se foi.

Preciso ser livre de todo pensamento ruim que me atormenta. Quero poder fugir desta prisão no meu cérebro, quero ter um pensamento de coisas boas. Ser apenas livre.

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*Lúcia Sales, 27 anos, Cearense, cursando pedagogia, apaixonada por pets e livros. Escreve um pouco de pensamentos em forma de poemas, vai nos mostrar como é inusitado a forma que cada palavra ganha em pequeno trechos. 

27/01/2022

THALIA TORRES: Tempos sórdidos

Por Thalia Torres* 


Tenho medo do tempo, e de tudo o que ele me deixa em ócio. 
Tenho medo do tempo, de todas as tintas, escritas e borrões que talvez ele não desse jeito. 
Tenho medo do tempo, de tudo o que ele tem, de tudo o que nunca teve, e sobretudo, de tudo o que nunca terá. 
Tenho medo do tempo, medo do ontem que ainda insiste em me assombrar; mistos á incerteza do amanhã, o que o hoje me parece ser.

Tenho medo do tempo assim como tenho medo do escuro, tenho medo do dia-barulho que em minha cabeça lateja. 
Tenho medo do tempo dar um salto maior que sua própria perna, e no meio deste desalento, lá esteja eu, acompanhada deste medo. 
Tenho medo do tempo não me dar tempo de me permitir tempo para às tristes cláusulas do tempo. 
Tenho medo do tempo, assim como ele tem medo da história, e assim como a história teme aos fatos.

Tenho medo do tempo e de tudo o que nele se esconde; o casamento, o rompimento, a formatura, a palavra amiga, a palavra dura, e todo o conjunto de coisas que dentro deste, são perecíveis. 
Tenho medo do calor do tempo, que a frieza do relógio, congele a quentura do meu coração. 
Tenho medo da curvatura que o tempo tem sob meus ombros, tenho medo que o tempo ande primeiro do que eu e se aposse de minhas próprias pernas.

Tenho medo que o tempo me desvie de tudo o que me está reservado.
Tenho medo que o tempo pese feito aço kryptoniano sobre minha cabeça por mais algum tempo, tenho medo das lembranças que o tempo me contém.

Tenho medo do tempo anoitecer e não amanhecer minhas ideias sob o mesmo espectro de vida que tive ainda ontem. 
Tenho medo que o tempo não passe, de modo que, também tenho medo que passe rápido demais, não me deixando escolhas. 

Tenho medo do tiro certeiro do tempo no peito da minha ilusão. Tenho medo que o carregar de anos nesta luta contra o tempo, se esvazie com o tempo e perca o sentido, e ainda assim, não esvazie as minhas incertezas...

Tenho medo do tempo não é de ontem, não é de hoje, nem sei quanto tempo. 
Tenho medo do tempo que o tempo tem de tempo pra que não me dê tempo de escrever sobre ele.
Tenho medo do tempo, tal qual Raul Seixas tinha da morte o pegar em um suspiro, ou pela metade de um copo de uísque.
Tenho medo da voz do tempo, do barulho do sentenciado do silêncio-de-épocas.

Tenho medo que o tempo cegue meus olhos.
Tenho medo que o tempo silencie minha voz.
Tenho medo que o tempo me desmembre em lembrança e me converta em saudade. 
Tenho medo que o tempo me faça induto e passivo de inutilidade. 

Tenho medo de falar ao tempo e este, não me dê tréplica. 
Tenho medo de fixar no tempo um conjunto paralelo de verbos. 
Tenho medo de exergar o tempo a frente de seu tempo, e ultrapassar o tempo, tempo demais.
Tenho medo dessa mistura biológica que o tempo tem, de nos contar. 

O tempo é esse choque, essa mescla indevida. O meu medo, é a sobra que o tempo não teve tempo de reter. De modo que o que se teme, é o próprio medo. Essa é a resposta ao tempo....

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*Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.

22/01/2022

EMANUELA SOUSA: Travessia do Sol

Por Emanuela Sousa*


Me despedindo das armaduras e do escudo, vou indo aos poucos. Meus pulsos doem, no calcanhar ainda há marcas das correntes. 

Antes de partir, queria falar das coisas que já estavam perdidas, das palavras que foram ao vento, mas tempo esgotou... Fui chamada pelo sol, sem tempo para pensar em desobediência.

Esses olhos não me ganham mais. Os coloco de lado, recolho com cuidado os retalhos, cubro a cicatriz. 

Enquanto seguia, pensava em como é bom lembrar que a água do mar apaga o que escrevemos na areia,  como é confortável  lembrar que os anjos não ouvem nossas blasfêmias. 

Hoje amanheci na glória, e é tudo adorável. Não vejo mais teu rosto refletido nas paredes do quarto, não peço mais a Deus por perdão, nem preciso mais ter o choro preso na garganta e me calar para  poupar- te das coisas que tu me fazia e me magoavam. 
O sol me abrigou no mais precioso âmago. Onde ninguém mais esteve. 

Agora olhe para mim, veja, eu estou brilhando!
Já não preciso mais da escuridão, embora eu a guarde dentro de mim, já não preciso mais lembrar da sua existência para respirar, sigo o caminho com segurança. 

Eu estive o tempo todo me perguntando o porquê você não vinha comigo, mas fui surpreendida pela péssima lembrança que outras vezes lhe convidei, você não quis vir... Nunca vinha. 

Não preciso mais, tenho um milhão de estrelas para me acompanhar. 

Agora que somos dois jovens desconhecidos, de cidades distantes e com corações remendados, quero saber o que fará agora nos seus dias, já que têm tudo, e fácil acesso a tudo, menos a mim. 

Perguntas sem respostas. 

Quanto a mim? Não tenho mais você, mas  tenho o sol e meio milhão de estrelas a minha volta. 
Por hora, isto me basta.

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*Emanuela Sousa é cronista, escritora e estudante de Jornalismo. Fez teatro aos 11 anos e se arriscou pela pintura e em desenhos, mas foi na escrita que se encontrou.Hoje Emanuela é autora de dois livros publicados: Interrupto, sobre todas as coisas que guardei (2016) e Coração a bordo (2020) Além dos livros ela é colunista em um Portal, o Potiguar Notícias.  

19/01/2022

LÚCIA SALES: Quase se foi

Por Lúcia Sales*



Não  pedimos perigo de forma alguma, ou talvez  pedimos e não  damos conta disso. Uma mera besteirinha que fazemos naquele instante tudo pode parar. Se cada ação que fazemos terá um preço... pode ser bom como, também ruim.

Vida minha ilusória todas as manhãs acordo com um mentira estampada no rosto, para agradar as pessoas em volta.  Até  mesmo escrevo uma mentira de estar bem. A noite no meu quarto as lágrimas escorrem no mesmo  percurso de sempre... mistura em mim uma angústia. Tem noites e lágrimas.

Naquela noite ela quase me levou. Estava  eu com os pés no chão a despedir do meu amor, e quase sem entender. Quando senti um cheiro forte de queimado ao retirar da tomada um barulho imenso se espalhou  pela casa, no meu quarto aquele cheiro de queimado ficou mais intenso. Minhas pernas bambas agradecia, meu coração  saltitava de susto, pois bem, não era minha vez ainda.

Aquele fim de manhã  corria tudo bem, até eu entrar na estação.  No início tudo calmo, estava sentada quase cochilando quando acordo com vários gritos. Fico apavorada quando ouço alguém falar que o metrô saiu dos trilhos e teríamos que descer com ajuda de algumas pessoas que foram nos socorrer. Tudo correu bem, graças a Deus ninguém se machucou.

Acredito que quase todo mundo já teve aquele quase e interminável  susto. Mas ficamos bem, depois que o nosso coração vai acalentado mais. Sou uma pessoa  fácil de ser  assustada, até com barulho de motor de motos, sei que é bobeira minha.

Você  se foi tão rápido que ainda não  acredito porque.  A noite estava  tudo  bem e tranquila, naquela manhã de sábado quando vi você em meio de várias flores lindas que sinto o cheiro até hoje. Fiquei congelada tentando entender, hoje tenho saudades do seu jeito durão e preocupado com suas filhas. E nem deu tempo dizer adeus, muito menos um eu te amo.

Aquele encanto e cheiro com as lindezas que as flores proporcionam é esplêndido.  Sim, é um pouco clichê,  mas quem não  gosta de ganhar flores? São uma porção de perfumes misturados em beleza, só  digo uma coisa, me agrade com elas  ainda viva, afinal depois que se vai não da pra sentir o cheiro, quem embaixo da terra, ficará.

Felicidade, coisa rara de quem enxerga, há quem diga que não  existe, outros passam a vida toda  a procurar. Ser feliz é como pequenos  momentos  mágicos tão rápidos que muitos não sabem que aquilo é a felicidade, são lembranças boas vividas na infância. Então não morra sem sentir uma dose da felicidade daqual está em frente a você. O tempo todo à espera de você enxequer para assim usufruir.

Quando você olha diferentemente no rosto pálido de uma vida tão cruel daqual se viverá, em um olhar triste mas ao mesmo tempo  consigo enxergar o carinho e o amor que ainda transborda naquele olha  de melancólia.

Não pode enganar o coração por muito   tempo, não é assim que vivi promentendo amor onde não lhe cabe. Uma hora ele pode grita e você não terá controle da mentira inventada e assim vai partir um coração de um certo alguém.

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*Lúcia Sales, 26 anos, Cearense, cursando pedagogia, apaixonada por pets e livros. Escreve um pouco de pensamentos em forma de poemas, vai nos mostrar como é inusitado a forma que cada palavra ganha em pequeno trechos. 

14/01/2022

DIEGO SILVA: PT passa por crise em formação de quadros.

Por Diego Silva*



Nada de novo sob o sol, é a estratégia petista de cooptação. Neste último dia 13, o PT Ceará filiou 12 prefeitos a sua legenda. Visando, claramente, montar um bom palanque no estado cearense para a candidatura de Lula. 

Interessante é essa atitude que vai na contramão da defesa de que não são hegemônicos. Filiaram um prefeito de cada um dos aliados PSOL e PCdoB (Edson Viriato era o único prefeito psolista no Ceará). Além de pedetistas e outros de partidos de centro-direita. 

A verdade é que o PT no Brasil inteiro vive uma crise na formação de quadros e por isso essa estratégia de cooptação começa a se tornar ainda mais corriqueira. Segundo a mídia alencarina os próximos serão o deputado estadual Julinho (Cidadania), líder do governo. E a deputada estadual Augusta Brito (PCdoB). 

Visto isso é válido a reflexão: É válido tudo pelo poder? Até mesmo jogar contra os aliados políticos de toda hora?! 

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*Cientista Social e editor do Pasquim Sobralense

13/01/2022

THALIA TORRES: Póstumos-Sentires

Por Thalia Torres*


A poesia é o mundo mudo cheio de silêncio que fala...

A poesia torna poeta, toda alma que toca.
a poesia é tirana de si, e asseguradora do mundo;
a poesia é o transpassar entre as cortinas do íntimo,
entre o fígado e o tecido, do transpassado moribundo.

A poesia é a necessidade que o vento tem de renovar o ar.
a poesia é uma mistura de tristeza e saudade de tudo o que o mundo nunca prometeu;
a poesia é um corpo escupido no tempo e esquecido em algum lugar;
a poesia é marca de tudo o que se cria, e na natureza, o pouco que se transforma;

A poesia já guiou as mãos do mundo, hoje ela o transpassou.
a poesia salva, mesmo no ato mais impóstumo, impossível de solidão que nos perneia;
a poesia é martelo de carne e de sangue que esculpe o mundo e os seus apetrechos;
de tudo o que o ensaia, de tudo o que o mundo, desamasiadamente-mundo;

A poesia se banhou sobre o resíduo das amarras do ser.
a poesia foi o egoísmo elucidado do querer, espinho travado entre ver e não ter;
melodia sofrida, música sentida, ferida festiva, dúbio prazer;

A poesia se aguenta consigo até onde se pode;
a poesia é um detalhe presente no assoalho, na madeira, no entalhe;
a poesia empoeira o tempo, se renova, se degusta, se prova;

A poesia dar vida as primaveras, aos outonos, dar voz ás pétalas,…
de modo que, a poesia também é um cantil de palavras secas, converge toda lacuna ao centro,
agenda a chegada, o fim dos casos, e edifica os abandonos;

A poesia catre o amor mais inerte, e o converte ao esquecimento;
a poesia acompanha as palavras em lágrimas,
dando o direito de chorá-las a quem não tem,
a poesia jorra versos que se mutilam no ar, que se ferem,
que já se romperam ao salto, aos olhos da vida, que se espatifaram ao chão;

A poesia é megalomaníaca. Sai de ti, sai de mim, menos do eu poético que a descreve;
ainda que ela corra, nunca me tira, nunca me salva,
desse trocadilho, dessa amarra, dessa gangorra;

A poesia não tem sala de visitas, a poesia é o oco cortante, no avesso do mundo;
vive sempre ás escondidas, é efêmera, contida, na garganta do fosso,
se alimenta de doses da vida, todos os dias…
morrendo um pouco.

Solidez….

A poesia é dor, é dádiva, é morte, é vida, 
matemática-reversa-do-sentir, sem divisa;
a poesia é Relga, é Olga, é Calígula, é Narciso;
a poesia é o ressoar dos sinos que destoam os destinos da vida, é a vitrine, é o muro,
é cerca que divide os desocupados dos caos;

A poesia é o cabeirão no corpo de todas as mortes;
a poesia é ferro, é leixo, é fratura em queda na escada do querer, 
rompe todos os ligamentos, resfriando o lamento que o mundo causou;

A poesia é como apreciara Bukowski; é mesmo uma “canção dos diabos”,
é jacobina, é girondina, é orgulho-francês guilhotinado, é com toda ênfase, 
o muro que polarizou a grande Berlim, é uma guerra no estopim, sem sequer aliados;

A poesia ora é humilde, ora arrogante, noutra intelectual, reverberas semi-analfabeta,
um tanto disléxica-funcional do ser, é ignorância que se aprofunda, 
assina o nome sem traduzir os sentires que usa;

Ora, contudo, ela revela uma versão nem um tanto clara, mescla, obsoleta,
fora dos termos, padrões, ela é a contracultura em vestes vulgares, barata,
ora precisa ser sentida, ora precisa ser exilada, é palpável a olho nu,
mas atrás de horizontes crus, sua melhor versão de si, como bem tinta um poeta,
está escrita em guardanapos, sob as mesas do boteco da vida,
quando o céu já escureceu e, ninguém mais estã são.

A poesia  é póstuma,  efêmera, passageira, é vária e por vezes, temporária.
Nunca é e, sempre está.

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*Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.

10/01/2022

LÚCIA SALES: Lamentos

Por Lúcia Sales*


Você quer seu meu?

Em tardes entediantes aos domingos ...
Em noites maravilhasas de fim de ano ...
Em manhãs confusas de fevereiro...
E assim se passa o ano todo, uma luta constante de alteração de humor de uma pessoa perspicaz...

De tanto ouvir as mesmas palavras de ódio ou reclamações sobre a vida ...
De sempre tentar corrigir os mesmos erros ou até os pensamentos de loucuras...
De procurar um amor em quem não saiba compartilhar esse sentimento simples e facil....
Meu coração está aflito de tantas coisas ,que nem sei porque ele pulsa a vida ainda ....

São tantos do passado que nós vem atormentar, sempre que me recordo sinto-me mal ...
Já têm outros fantasmas que fazem sentir uma grande leveza de saudades....

É quando olhamos pra coisas com simplicidade.
É observar esse céu maravilhoso com nuvens pelo o dia , e esplêndido de estrelas a noite e não podemos nos esquecer da lua junto com ela um brilho intenso que faz qualquer um querer viver pra sempre.
Se olharmos bem pra tudo a nossa volta , talvez não ficaríamos triste e sim muito encantado com cada coisa da vida .

Meu coração  cansou de tentar  entender ela , uma pessoa  tão  hipócrita  e malvada.  Sempre mostrei  meu  lado doce  e meiga de ser , já  ela mostrava  suas garras e seu veneno  em cada palavra  que evoca  da boca ... só  queria  entender  porque  ela era assim ...

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*Lúcia Sales, 26 anos, Cearense, cursando pedagogia, apaixonada por pets e livros. Escreve um pouco de pensamentos em forma de poemas, vai nos mostrar como é inusitado a forma que cada palavra ganha em pequeno trechos. 

VICTOR ARAÚJO: Monopolizadores

Por Victor Araújo* 

O que tem para mim
Nesse vasto mundo?
Por que precisaria ter?
Porque tenho desejos,
Seria a resposta?

Assim como para a sede,
Existe a água.
Meu desejo é minha necessidade
Que busca meios de atendê-lo.

Uma eterna busca,
Sem fim.
Não sei quando será suficiente,
Se não tenho o básico.

Que básico?
A quantidade minima de desejo saciado
Por outros.

Sempre outros.
Sempre eles.
Os possuidores.
Os monopolizadores do prazer.

Tomam tudo pra si.
Vida de abundância.
Para eles,
Quando será suficiente?

Para mim? Não sei responder.

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*Bacharel em Ciências Econômicas e Licenciado em Ciências Sociais.

05/01/2022

LÚCIA SALES: Dias apagados

Por Lúcia Sales* 


Resta fotos apenas dos 
dias que parecia ser felicidade mas estava apenas camuflado em seu egoísmos. 
 
Aqueles dias que foram apagados pelo tempo que passou... deixado consigo um alívio no coração. 

Aqueles dias foram mais um ciclo que se encerra na vida, ciclo esse que tenho medo de viver... medo até de falar que talvez eu amo você.

Esse dias estou reinventando pra poder aprender a estar sozinha , pois sua velha e falsa compania não queria.

Aqueles dias passados terão um fim por sua vez e ambos terão sentimentos diferentes, talvez o seu seja mais de culpa e talvez a dela de não ter dito as palavras certas quando necessário. 
Esse dias até me apaixonei novamente...

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*Lúcia Sales, 26 anos, Cearense, cursando pedagogia, apaixonada por pets e livros. Escreve um pouco de pensamentos em forma de poemas, vai nos mostrar como é inusitado a forma que cada palavra ganha em pequeno trechos. 

04/01/2022

Nos Áureos Tempos


Quero germinar num lugar puro assim como você, à vista de predadores que não puderam me alcançar. 

Meu bem, eu não posso deixar que essa paixão destrua minhas outras, não se sinta só, que eu sou pior, estou com você.
Até não mais crer que me ama! 

Sei que não quer acreditar, mas veja, só temos o sexo. Nossa dança acabou, e o que era tântrico hoje tortura, na amargura meus desejos, a cada gozo me desperso. 

Foi uma fresta na sua janela, que deixou entrar nosso fim. Já vi ela com você, não tem porquê mentir. No teto uma rachadura, verdade crua, e eu nua ganhei a chuva, quando o teto desabou! 

Fui doce nos lábios errados, e amarga à quem me queria. Quem sabe meu mundo estaria hoje um pouco mesquinho. Pra quê tanto amor? Acabamos mais náufragados do que antes.

Não vou estar em casa quando você voltar do trabalho cansado, vou estar noutros braços, pensando nos seus. 
Só tenho pena do depois, de quem fica com metade arrancada, do que perde a validade do amor.

_

Por B.S.N

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