29/10/2020

Emanuela de Sousa: Paradoxo

Por Emanuela de Sousa*

Hoje de manhã eu fiquei cerca de quarenta minutos tomando café em silêncio. Ninguém falou comigo. Devem saber o que carrego nos meus olhos, e que uma parte dos meus pensamentos é sobre a tua linda existência.

Estava me perguntando porque você ainda não veio comigo. Questiono a todo momento se tudo que eu fiz até agora não foi o bastante para que tu acreditasse que o que sai de mim e vai para você é de verdade, é puro e real. 

Será que não estou sendo boa o bastante?

Será que tu pensa que são apenas palavras da boca pra fora? 

Será que não estou sendo clara, e sim contraditória? 

Eu sei que sou quase sempre incompreensível, uma confusão.
Talvez seja por isso que as pessoas se vão...

Como faz para mostrar o que tem na alma? 

(Desespero interno).

Pedi mais um café, rabisquei a última folha do meu caderno, conversei com a minha companhia, eu e meus rabiscos deslizei os dedos sobre as páginas, olhei pela janela o vai e vem constantes de pessoas. 

Eu já me acostumei a esperar por quem não vem, a amar o que não tenho. À admirar de longe o belo, o atraente, sem ter. 

Já não sei como falar, irei então lhe escrever um bilhete, pegar a estrada a noite e te entregar em mãos.
"Não é para tu me entender, e sim sentir." 

No mais, preciso fingir que não ligo, 
fingir que você não mexe comigo.
Enquanto isso, 
Sigo curtindo tuas fotos.


*Emanuela de Sousa é poeta e escritora, natural de São Paulo do Abc paulista. Fez teatro aos 11 anos e se arriscou pela pintura e em desenhos, mas foi na escrita que se encontrou. Emanuela hoje é autora de dois livros publicados: Interrupto, sobre todas as coisas que guardei (2016) e Coração a bordo (2020) Além dos livros ela é colunista em um Portal, o Potiguar Notícias.

Fake News: Áudio que circula nas redes sobre fechamento do comércio

O áudio (ou áudios) que circulam nas redes sociais sobre o fechamento do comércio, novamente, por três meses é fake news, diz Governo do Estado. Leia na nota abaixo publicada nas redes sociais. 

28/10/2020

Alexandre e Pedro Grendene fazem doações para a campanha de Sarto Nogueira

Alexandre e Pedro Grendene, donos da maior empresa calçadista do Brasil, são um dos apoiadores financeiros da campanha de Sarto, PDT, para a prefeitura de Fortaleza. Além deles, o próprio PDT tem feito um investimento altíssimo na candidatura do pedetista que ainda ocupa a terceira posição nas pesquisas. 

Imagem: DivulgaCand

27/10/2020

HEMOCE e 3º Batalhão da Polícia Militar de Sobral realizam campanha de doação de sangue


Com o intuito  de melhorar os estoques de sangue, o HEMOCE firmou uma parceria com o 3° Batalhão da Polícia Militar de Sobral, que juntos realizarão uma campanha de doação de sangue, amanhã, quarta-feira, dia 28 de outubro de 2020, no horário de 7h às 13h. 

O Hemoce lembra ainda que também irá atender no mesmo horário, em sua sede em Sobral, localizada à  Rua José Maria Alverne, 383 – Centro, com números de telefones: (88) 3677.4624/3677.4627.


(Sobral de Prima) 

26/10/2020

Opinião: Por quê candidaturas que promovem aglomerações não são impugnadas?

              (imagem: sobral na mídia) 

Os aumentos de caso de covid-19 voltam a disparar. Boatos de fechamento do comércio novamente é espalhado com veemência. Atônitos as pessoas questionam: de quem é a culpa? 

As eleições mostram a cara da hipocrisia daqueles que fazem política (boa parte politicagem). Direita e esquerda, em grande parte, de mãos dadas com a ignorância. Para o lixo foi todas as críticas feita ao presidente irresponsável. 

No interior cearense verdadeiras micaretas acontecem, como na imagem acima em Massapê. Postos de gasolina lotados com distribuição de gasolina para moto/carreatas e o que mais chama atenção é o silêncio ensurdecedor das autoridades. 

E quem paga o pato? Esqueceram dos nossos mortos? Onde tá a solidariedade? TRE vai se calar ou impugnar as candidaturas que praticam crime a seu aberto? Dessa história só perdeu quem já morreu. 

Por Diego Silva

23/10/2020

Carta para você

Por Emanuela de Sousa*


Existe algo em ti
Que me atrai,
Que me chama.
Não sei se são teus olhos 
Se é tua voz, 
Ou se é a sua sensibilidade que fala. 

Não estou preocupada em desvendar todos enigmas agora, sei que terei respostas que preciso, mas por enquanto estou mais interessada no viver, e principalmente em te trazer pra minha vida e deixar que por assim você me descubra. 

Mas peço-lhe de antemão que me olhe devagar. Não tenha pressa em desvendar essa bagunça que sou, não se assuste com meus segredos, nem ligue para o meu desarrumado. Sou caótica e intensa. Tenho um coração gigante como o teu, mas a sensibilidade dele o torna pequeno e frágil. Nele não aceito turistas, nem visitação. 

Caso por ventura, você entre e queira ficar, o aconchego que precisa estará aqui enquanto estiver hospedada. 

Não se preocupe, meus olhos te guiarão quando se sentir perdida.
Quando perceber que ninguém te entende pode correr para dentro de mim, quando nada estiver indo bem, eu quero chegar te levando sorte!

Entre, tire os sapatos, sinta-se a vontade. Abra uma cerveja e fale mais de você, gosto de te ouvir e ainda mais quando noto teus exageros. 

Tudo o que desejo nesse momento, enquanto não descubro o que tem em 
você que faz meus olhos brilharem, é que se jogue no azul desse mar que percorre meu corpo... Não tenha medo de ir em águas mais densas, lembre-se "o tesouro nunca está na superfície, nunca está raso, está escondido no fundo do mar."

Que essas minhas águas possam também curar tuas feridas internas. 
Abraços e beijos com gosto de vinho tinto. 
Até breve! 


*Emanuela de Sousa é poeta e escritora, natural de São Paulo do Abc paulista. Fez teatro aos 11 anos e se arriscou pela pintura e em desenhos, mas foi na escrita que se encontrou. Emanuela hoje é autora de dois livros publicados: Interrupto, sobre todas as coisas que guardei (2016) e Coração a bordo (2020) Além dos livros ela é colunista em um Portal, o Potiguar Notícias.


 

22/10/2020

O NADA PREFERÍVEL Á VIDA - PARTE FINAL

Por Thalia Torres*




É verdadeiramente incrível como a existência da maior parte dos homens é insignificante e destituída de interesse vista exteriormente, e como é surda e obscura sentida interiormente....

Viver é o andar cambaleante de um homem que, sonha através das quatro épocas da vida até a morte;
viver é o abusar de uma vontade teimosa;
viver é um cortejo de pensamentos triviais;
viver é ter em um único rosto o peso de cada indivíduo;

Viver a dose de cada pequena existência humana, é o mesmo que dividir a alma em sete, matando um rosto todo dia da semana;

Viver é uma imagem fugitiva que desenha uma página infinita,
do espaço e do tempo;
Viver é subsistir em alguns instantes, em uma rapidez vertiginosa, que logo se apaga para outros novos viveres;

Viver é abstinência de vontade violenta e impetuosa, consiste em um conjunto de fantasias vãs, ao preço de dores profundas;

Viver é estar sempre adiando uma morte-amarga, um aspecto pálido, um cadáver que nos torna, subitamente sérios, de molho ao limo;

Viver é conduzir otimismo no mais endurecido dos hospitais, é sentir na pele a mazela dos lazarentos, nos aposentos de tortura cirúrgica da vida, viver é coincidir com vertentes quase que cíclicas, limitadas, assim a arte de viver, se torna initerruptamente assídua;

Assim como ás prisões e os lugares de suplícios, viver é latejar-se, viver é encontrar-se o tempo inteiro, dentro dos próprios campos de batalha, e do tribunal de sua própria moral, dando ao carrasco de si mesmo, a oportunidade de o lavar de sua culpa, colonizando-o até o osso;

Viver é a natureza do instinto, procedendo no interesse da espécie, em detrimento do indivíduo, viver é estar o tempo todo em exposição frívola com poetas ocupados demais para pintar sobre o amor e todas as outras coisas de vão sentido;

Viver é estar em uma fina película, num osbcuro pedaço de rocha, desses que chamamos de Terra, viver é morrer pelo amor, em seu mais instinto patife, não querendo saber se numa camisa de força, ou de Vênus;

Viver é estar na mais lobotomia-pensante, vivendo da castidade, da loucura, restaurando até á última estratégia mais expressiva, o que ser a própria existência em dissolução;

Viver é fazer incessantemente, vínculos entre o passado e o futuro,
sob o pano do presente, relativizando ambos, condenando-se assim a tristeza, submetido ás ansiedades, condenando-se a destreza, sob o murmúrio da banalidade;

Viver está para além das circuncisões do espírito humano, viver condena o coração do homem a entregar-se a si próprio, viver torna este mesmo homem, incapaz de compreender os desígnios da própria natureza;

Por fim, viver impele o homem de resistir-se, afinal, é vivendo que faz surgir seu instinto mais árduo, instinto este que, destoa a verdade e a reveste de uma ilusão, que atua sobre a própria vontade;

Viver é uma ilusão, vista de voluptuosidade, fazendo cintilar aos olhos do homem a pseudo-imagem de uma felicidade soberana, nos braços da formosura ideia de que a seu ver, nenhuma outra criatura humana se iguala, a não ser por quem uma vez na vida, exime suas dores de escrita;


* Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.

18/10/2020

Comunidade da Várzea Grande vive tempos de paz com polícia 24 horas




Com a chegada das bases móveis da Polícia Militar + Guarda Municipal a comunidade da Várzea Grande, bairro Dom Expedito, tem vivido momentos de paz e tranquilidade. Coisa que os moradores não tinham a anos. 

Infelizmente nesse ano, diferente dos demais, a comunidade da Várzea Grande viveu cenas de terror. Um verdadeiro Faroeste. Várias famílias tradicionais foram embora, outras perderam seu lar ou algum ente querido afetado pela guerra do crime organizado. 

No entanto hoje a população só agradece o tempo de paz que vive. Ao excelente trabalho dos profissionais de segurança que garantem o bem-estar de toda a comunidade. 

15/10/2020

Opinião: o vai que cola!

Em Sobral/CE o candidato bolsonarista, Oscar Rodrigues (MDB), propõe como sua principal proposta a criação de hospitais distritais visando atrair o eleitorado dos numerosos distritos que compõe a princesa do norte.

O detalhe é que será que Oscar e seu grupo duro de campanha pensa que o eleitor sobralense é tão burro ao ponto de acreditar numa proposta impossível? 

Por que verdade seja dita, de burro o eleitor sobralense (assim como o nordestino) não tem nada. Nosso povo é exigente "doctor" Oscar. 

(Diego Silva)

A naturalização dos homicídios causados por facções criminosas




"Ah, mataram mais um...uma pena"


A institucionalização do crime organizado tem robotizados as pessoas ao ponto de trazer um caráter natural homicídios cruéis causados por facções criminosas. 

É deverás triste a forma como essa naturalização do assassinato tem feito parte do dia a dia do cidadão comum. 

O medo que isso trás é saber que uma geração inteira, que virá, pode ter esse gélido sentimento como algo cultural devido a esse longo acentuamento da crise de segurança. 

(Diego Silva)

"Cansei de amores meia boca"





Prometemos deixar saudade, mas não inovamos, queremos aprofundar nossas relações, mas não falamos sobre nossos sentimentos. por orgulho ou vergonha, acabamos na mesmice. 
**

Um dia a terapeuta me falou que costumamos repetir hábitos em relacionamentos, sejam eles amorosos ou não. De imediato eu demorei para digerir o comentário, precisei de um tempo para refletir e analisar com cuidado. Com o passar dos dias fui percebendo o quanto de sentido faz... Estamos sempre repetindo, mesmo que inconscientemente, os velhos padrões, hábitos, manias. Assim como quase sempre escolhendo perfis de pessoas que não combinam com a gente, quando que exigimos nos relacionar com pessoas honestas, mas, por carência, descuido ou sabe-se lá o porque, nos deixamos nas mãos de quem não foi gentil conosco nenhum pouquinho.

Sinceramente? Trago comigo um histórico de algumas escolhas que foram mal feitas, relacionamentos que não me couberam, não vingaram, porque eu fui única que me esforcei para me caber alí, no fim em lugar pouco confortável, instável, cheio de incertezas e de pouco amor... Ressignifiquei, pedi perdão a mim na frente do espelho, e foi a coisa mais pura que já fiz na vida. Pedi desculpas à pessoa que eu olhava no espelho, porque antes de ser jovem e inexperiente sou humana e estou sujeita à enganos. 

Enrrosquei-me na carência por várias vezes, estacionei na mesmice. Na preguiça e comodismo me alojei em corações frios, por um tempo chamei de lar. Repeti o mesmo gesto de ser romântica, escrevendo cartas de amor, lembrando de passar na padaria e pegar um chocolate antes do encontro, de ligar para desejar boa noite. Eu deveria desde sempre aprender a não esperar romantismo de onde não tem! Afinal, são sempre as mesmas falas, as mesmas desculpas, os encontros sempre sendo os mesmos: superficiais... Amores meia boca, eu diria. Volto para casa na maioria das vezes, com a sensação de que algo ficou vago. No dia seguinte tudo fica morno, esfria, parece que nada ocorreu.
 Morre alí.

Oferecemos o sexo como proposta de conexão para vínculos mais íntimos, mas esquecemos que o pilar principal para se chegar à intimidade é a conexão mental. Falar dos medos, dos traumas, das fantasias... Porque é tão dificil? Eu também quero falar das minhas dores, dos meus medos, das  aventuras que vivi... Quero ter amores de verdade, daqueles que dão sede de viver outras vezes, com alguém que você pode convidar para tomar um café às 9h e na mesma noite se encontrar num bar. 

Por mais amores reais no mundo com encontros verdadeiros, de corpo e alma. Menos repetições, mais inovações. Sair do piloto automático e transmutar para as sensações inéditas é o minímo que deveriamos fazer por nós e pedir à quem se relaciona com a gente. Talvez assim nos frustaríamos menos, seríamos mais felizes e viveríamos com mais prazer e gratidão.



*Emanuela de Sousa é poeta e escritora, natural de São Paulo do Abc paulista. Fez teatro aos 11 anos e se arriscou pela pintura e em desenhos, mas foi na escrita que se encontrou. Emanuela hoje é autora de dois livros publicados: Interrupto, sobre todas as coisas que guardei (2016) e Coração a bordo (2020) Além dos livros ela é colunista em um Portal, o Potiguar Notícias.

13/10/2020

Política Local: quando o povo se torna refém

Por Victor Araújo




 
No filme “V de Vingança” (2005) dirigido por James McTeigue, é dito que "as pessoas não deveriam temer seu governo, o governo é que deveria temer seu povo". O que acontece, na prática, em muitas cidades de nosso país é o contrário: o povo é dominado econômica e ideologicamente, sendo humilhado e perseguido, caso não concordem com as práticas dos indivíduos que detém o poder político. Isso é comum principalmente em cidades pequenas.



O que é uma cidade pequena? Cidade pequena[1] é um termo comumente usado em urbanismo para designar cidades que abriguem menos de cinquenta mil habitantes. A quantidade de pequenas cidades no Brasil é grande, com quase 5000 cidades pelo país nessa classificação, segundo o IBGE.



No nosso contexto estadual, algumas situações e práticas são comuns e consideradas naturais para a esmagadora maioria dos indivíduos que vivem em uma cidade pequena.



1. A disputa eleitoral na cidade está restrita a duas ou três elites familiares (oligarquias);



2. A política de troca de favores: o político diz que, caso eleito, dará emprego para pessoas daquela família, caso o apoiem politicamente na eleição;



3. A existência de programas de rádio de cunho eleitoreiros, ou seja, que visam promover determinado político pertencente a uma dessas oligarquias.



No Ceará, muitas dessas cidades pequenas alcançaram sua autonomia política não faz muito tempo, no entanto, a maioria delas são governadas por poucas famílias desde o início de sua emancipação. Essas famílias, por sua vez, são pertencentes, frequentemente, à elite política e econômica da cidade. Portanto, a história política dessas cidades pequenas do estado do Ceará é marcada pela dominação política de poucas famílias. Bem, creio que para muitos leitores o que está sendo descrito aqui é muito óbvio, pois observam isso cotidianamente. Peço ao leitor que tenha um pouco de paciência porque a descrição, quando feita de forma mais precisa, é uma ferramenta fundamental para podermos avançar na reflexão e compreendermos melhor a realidade que vivemos.



Quero chamar a atenção para as práticas que mencionei anteriormente: a oferta de empregos e a existência de programas de rádio de cunho eleitoreiro. Nesse ponto, o leitor verá como essas elites locais operam a dominação econômica e a dominação ideológica.



Você já parou pra pensar por que muitos políticos prometem dar emprego para o eleitor caso sejam eleitos? Por que essa prática é tão comum em cidades pequenas? Certamente você irá responder: é porque na cidade não tem oportunidade de emprego. Perfeito! Esse é o ponto que quero chegar.



Então, daí eu lhe pergunto: por que na sua cidade não tem oportunidade de emprego? Por que não existe um projeto de desenvolvimento local? Dessa vez, eu lhe respondo: porque para essas elites familiares é crucial que o povo continue dependendo deles. Imagine uma cidade desenvolvida, com uma baixa taxa de desemprego, onde a maioria da população trabalha em setores da economia que não sejam, propriamente, a prefeitura. Imagine o quanto seria difícil para um político conseguir convencer o cidadão através da oferta de emprego. Essa cidade que imaginamos é uma cidade onde o povo tem algo chamado autonomia econômica.



Muitas dessas cidades pequenas, a participação da administração pública no PIB do município é, consideravelmente, muito grande. Também pode-se observar que os empregos concentram-se, também, na administração pública. Logo, é nesse cenário que as oligarquias operam a dominação econômica.



 Pode-se concluir que a pobreza e a vulnerabilidade social são o único projeto político dessas oligarquias, pois só assim a dominação econômica permanece.



Além de grande parte do povo depender materialmente dessas oligarquias para sobreviver materialmente, outra forma de dominação é operada: a ideológica.



Como se já não bastasse convencer pela “barriga”, o povo também é convencido pela “cabeça”. Para evitar a formação de uma consciência crítica na população, para manter o povo em suas “rédeas”, tais políticos promovem um formato de programa de rádio, geralmente transmitidos de segunda a sexta e com duração de aproximadamente uma hora, que visam promover politicamente essas elites locais. Evidentemente, se a disputa eleitoral for polarizada entre duas famílias, é comum haver um programa de rádio eleitoreiro para cada uma delas. Sendo assim, cada radialista diz que seu político foi o melhor gestor, o maior benfeitor que o município já teve.



Imagine a quantidade de vezes que essa visão de mundo é disseminada. É dessa forma que é operada a dominação ideológica. Inclusive, é comum que vários dos radialistas que trabalham para as oligarquias também possuam blogs. Há décadas atrás, havia compositores que elaboravam canções com objetivo de fabricar a boa imagem desses políticos. Como o leitor pode perceber, a dominação ideológica se dá através da comunicação, seja ela expressada através de músicas, através da voz de radialistas ou de textos em blogs.



Na dominação ideológica vemos o culto à personalidade que se trata de “uma estratégia de propaganda política baseada na exaltação das virtudes - reais e/ou supostas - do governante, bem como da divulgação positiva de sua figura”[2]. Daí surge o mito do benfeitor, entre outras falácias.



Evidentemente que a fabricação de um indivíduo totalmente dócil e dominado não surgiu do nada, é algo construído ao longo do tempo em que essas elites locais se mantiveram e se mantém no poder.



Além de serem subjugados materialmente por essas oligarquias, muitos indivíduos acabam se convencendo de que essa situação é boa e defendem com unhas e dentes seus próprios algozes.



O povo é mantido em cativeiro por parte dessas oligarquias. Perseguição e humilhação são práticas frequentes dessa relação. Será que o povo já não sabe viver de outra maneira?



Nessas eleições municipais, muitas cidades pequenas ganharam alternativas anti oligárquicas, candidaturas que são verdadeiramente das camadas populares. O fato lamentável é de que, no geral, o povo continua optando pelas oligarquias. Situação que me lembra o mito da caverna, onde as pessoas não querem ser libertadas.



 Diante de uma dominação econômica e uma dominação ideológica que foi construída ao longo de décadas e, em alguns casos, chega até mais de um século, acredito que se desenvolveu no povo um estado psicológico de “Síndrome de Estocolmo”.



Síndrome de Estocolmo[3] é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade pelo seu agressor.



Nada expressa melhor o fato de muitos defenderem seus algozes da forma como defendem do que o estado psicológico da síndrome de Estocolmo. Novamente: Será que o povo já não sabe viver de outra maneira?





[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_pequena

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Culto_de_personalidade

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Estocolmo

RPDC: Exemplo de como manter a paz e a soberania




Algumas armas modernas são um amontoado de parafusos, chapas de aço, circuitos eletrônicos e muito suor e cérebros.
Mas armas criadas por um povo que resiste heroicamente há mais de 70 anos contra todas as tentativas mais absurdas e brutais de destruir a sua própria existência são muito mais que amontados de materiais sem vida.

São sinais vigorosos de unidade, de determinação, de Revolução e de paixão pela liberdade e independência.

Quando esse caminhão com 11 eixos entrou na Praça Kim Il Sung de Pyongyang na noite de sábado, o povo se levantou e olhou com olhos marejados não apenas para um míssil balístico intercontinental super potente, mas para uma arma muito maior que sua função primária: uma arma que manterá distante a ameaça, a guerra, a dor e a morte. Olharam para o fruto de um esforço colossal, coletivo e cheio de grandes sacrifícios de mentes e corações de milhões de pessoas que jamais desistirão de seguirem o seu próprio caminho e esculpirem seus próprios destinos.

"Esclareço que nosso dissuasivo de guerra não aponta a ninguém, pois serve para a autodefesa." - KIM JONG UN

(Por Lucas Rubio)

12/10/2020

Papa para Padre Júlio: Não desanime!




Padre Júlio Lancellotti da Pastoral de Rua de SP recebeu uma ligação do Papa Francisco. Segundo Padre Júlio o Papa perguntou sobre como era a atividade da pastoral e enfatizou: Não desanime!

Padre Júlio tem sofrido ameaças da extrema-direita paulista por cuidar dos pobres e dos moradores de rua. Principal propagador desse ódio para com o padre é o prefeiturável Arthur do Val, vugo Mamãe Falei (PATRIOTAS).

Nós do PS corroboramos com a posição do Santo Papa: Não desanime Padre Júlio.

Com gol decisivo de Fernando Sobral o Ceará derrota o Corinthians no Castelão



Num bonito jogo cheio de emoção o time do Ceará bate o Corinthians por 2x1 no estádio Castelão na capital cearense.

Com gols de Léo Natel (Corinthians) e Jô (contra) a partida caminhava para o empate mas num pênalti marcado a jóia cearense Fernando Sobral marcou e decidiu a partida para o vozão.

08/10/2020

PCdoB lançou três candidatos que defendem pautas por representatividade



Nestas eleições municipais, o PCdoB sobralense lançou três candidaturas a vereadores formadas por jovens lideranças que se uniram na busca por uma vaga na Câmara Municipal de Sobral. Os candidatos Emanuel CruzSaymon Lopes e Ana Ivna
,defendem pautas coletivas por representatividade. 

A proposta é ser os representantes dos coletivos, grupos sociais e comunitários que pensam políticas públicas de inclusão social e defende os direitos a vida das pessoas que fazem parte dessas minorias da sociedade. 

As candidaturas defendem as pautas importantes de LGBTQI+, a representatividade das mulheres no debate público em torno das questões femininas; do movimento negro, dos estudantes, das juventudes das periferias e dos trabalhadores. 

Essa será a primeira eleição municipal na qual os partidos não poderão formalizar aliança para a disputa do cargo de vereador. Isso quer dizer que as legendas terão que correr atrás de votos lançando nomes que representem diversos campos temáticos na Cidade. É também uma oportunidade para apostar na força do partido que defendem diferentes pautas, territórios e identidades para uma vaga de vereador.

07/10/2020

PCdoB tem percentual de negros superior a média nacional para todos os cargos



De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 548 mil candidatos foram registrados para disputar as eleições municipais de 2020. A principal diferença do perfil dos candidatos deste ano em relação a 2016 é que a maioria deles, 49,9% do total, se declarou parda ou preta.


Leia mais "clicando aqui"

04/10/2020

A polarização em Sobral fortalece Ivo Gomes

Caminhando para a reeleição o prefeito Ivo Gomes (PDT) enfrenta algo atípico nesse processo eleitoral. Uma polarização de cunho nacional. Oscar Rodrigues (MDB) tem apoio de Bolsonaro, e se especula que é capaz de Bolsonaro fazer palanque para o mesmo vindo até a princesinha do norte. 

Entretanto Gomes sai fortalecido com essa polarização mediocre. Logo o mesmo já tinha ampla vantagem por ter feito uma gestão acima da média e ter, nas últimas eleições, dado gigantesca vitória eleitoral para Ciro Gomes na sua terra. 

A verdade é que apesar das manobras mirabolantes o Bolsonarismo não é bem quisto no nordeste, principalmente em Sobral, cidade vanguarda da luta democrática. 

Tiro no pé ou não, a oposição se enforca por suas táticas sem sentido político. Ainda mais quando se ventila que Oscar Rodrigues só é candidato para livrar o filho, Dep. Federal Moses Rodrigues (MDB), de uma derrota maior. 

01/10/2020

Análise: Racismo como fato social

Por Diego Silva 18.07.2018




Para pensarmos sobre o que é ou não é um fato social em nossa sociedade, vale lembrar que o fato social está totalmente ligado ao elemento cultura. Pois as três caractéristicas que Émile Durkheim (2007:02) categoriza para definir o que é fato social são elementos da própria cultura humana. A coercitividade, exterioridade e a generalidade.

A ligação é tanta que sabemos que assim como outras formas de opressões à minórias sociais, como machismo e homofobia. O racismo é culturalizado. Ou seja, temos culturas desprezíveis que naturalizam opressões como formas de liberdade e de opinião.

Quando Durkheim fala na sua obra As Regras do Método Sociológico, que "Ele está em cada parte porque está no todo, o que é diferente de estar no todo por estar nas partes."(DURKHEIM, 2007: 09). Observamos que o autor destaca, no decorrer da sua obra a influência que se possui na educação infantil pelas transmissão de crenças e práticas anteriores ao nascimento. É por isso que o racismo tem se perpetuado dentro de nossa sociedade. Criou-se uma cultura racista que começa antes mesmo das criaturas (que irão exercer essa conduta criminosa) nascerem. Pois essa exterioridade, que é uma caractéristica de fato social em Durkheim, está independente de nossa consciência. Pois está relacionado aos padrões culturais criados como forma de hegemonização e superioridade, para que se justifique a escravização dos corpos, hoje velada porém já foi escancarada nos séculos passados.

Então partindo da premissa de que ninguém nasce racista, mas se é educado. Observamos a coercitividade sofrida nos individuos que são educados por está tal cultura eurocêntrica, onde faz o individuo se encaixar nesse grupo que ao longo dos tempos destila seu ódio e a indifrença a corpos negros. Pois quando se existe uma quebra e um afastamento de negação dessa cultura sofremos uma coerção. Exemplos nítidos encontramos nas favelas brasileiras,
quando se manifestamos com as chacinas contra corpos negros e a criminalização da pele preta pelo aparelho repressor do estado, a polícia. Somos coagidos e reprimidos para que aceitemos e naturalizemos que o negro é inferior. Existe anda a justificativa para isso quando mostram que a maioria da população carcerária é composta por negros e negras. Usando assim esse dado racista para poder justificar a repressão e a eliminação de pessoas de cor na sociedade que se auto coloniza hoje pelo eurocentrismo.

Ao analizarmos a exterioridade observamos que a cultura racista se predomina em nossa
sociedade por causa dela vim antes do individuo nascer, pois já estava lá sendo culturalizada por outro. Ou seja, ela é algo exterior ao individuo que nasce. Pois já vem antes. E é isso que a faz continuar predominando, pois como já foi dito no inicio do texto, várias formas de opressão que foram culturalizadas desde o inicio dos tempos virou a força motriz para que se perpetue estás ideias e formas odiosoas de ver a sociedade e o outro.

E o racismo é geral porque onde vemos, olhamos ou ouvimos, seja no rádio, tv, livros ou mesmo na internet existe uma grande propaganda para que todas as pessoas comecem a aderir o racismo como arma de segregar a sociedade e colocar no topo um tipo de pessoas, que para o racista, são superiores. Isso é muito simillar a ideia de raça ariana de Hitler. Pois quando vemos em novelas, jornais e outros meios de comunicação e cultura o negro sempre sendo minória e protagonizando papeis inferiores como bandidos ou empregados, vemos também uma forma velada de mostrar que somos inferiores e não possuimos capacidade para tal função. Exemplo, também, bem nítido é dentro do campo que rege as leis e guiam a nossa socidade, como a política, onde o negro mal chega a ter representação. É por isso que o
racismo ele não existe para um único individuo e sim para toda uma socidade. Senão, assim como outras opressões, o racismo não teria sido culturalizado.

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