Por Emanuela de Sousa*
Estava me perguntando porque você ainda não veio comigo. Questiono a todo momento se tudo que eu fiz até agora não foi o bastante para que tu acreditasse que o que sai de mim e vai para você é de verdade, é puro e real.
Será que não estou sendo boa o bastante?
Será que tu pensa que são apenas palavras da boca pra fora?
Será que não estou sendo clara, e sim contraditória?
Eu sei que sou quase sempre incompreensÃvel, uma confusão.
Talvez seja por isso que as pessoas se vão...
Como faz para mostrar o que tem na alma?
(Desespero interno).
Pedi mais um café, rabisquei a última folha do meu caderno, conversei com a minha companhia, eu e meus rabiscos deslizei os dedos sobre as páginas, olhei pela janela o vai e vem constantes de pessoas.
Eu já me acostumei a esperar por quem não vem, a amar o que não tenho. À admirar de longe o belo, o atraente, sem ter.
Já não sei como falar, irei então lhe escrever um bilhete, pegar a estrada a noite e te entregar em mãos.
"Não é para tu me entender, e sim sentir."
No mais, preciso fingir que não ligo,
fingir que você não mexe comigo.
Enquanto isso,
Sigo curtindo tuas fotos.
*Emanuela de Sousa é poeta e escritora, natural de São Paulo do Abc paulista. Fez teatro aos 11 anos e se arriscou pela pintura e em desenhos, mas foi na escrita que se encontrou. Emanuela hoje é autora de dois livros publicados: Interrupto, sobre todas as coisas que guardei (2016) e Coração a bordo (2020) Além dos livros ela é colunista em um Portal, o Potiguar NotÃcias.
1 Comentários
Que lindo Parabéns minha Amiga Sucesso....😘😘
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