25/02/2021

O aumento da violência também é culpa do governo federal

Além do negacionismo científico, da incitação a aglomerações e tantos outros desastres amadores, e por que não dizer criminosos, que o governo federal tem praticado. A violência desencadeada no Brasil a fora também é culpa desse (des)governo. 

Pois sabemos que na história todavia quando aumentou a fome, a miséria e concomitantemente o desempregado, também aumentou a violência. Ambas estão interligadas. 

O Brasil hoje enfrenta além dessas mazelas um governo que incentiva e pratica tais coisas. Todos os dias chegamos mais perto do fundo do poço. É triste e lamentável, mas também é revoltante.

Logo diferente de muitos lugares do mundo nossa nação não só enfrenta a pandemia do maldito covid-19, mas também a pandemia da fome, miséria e violência. 


Diego Silva

23/02/2021

É preciso muita força e coragem para suporta os difíceis tempos que vivemos


Dona Angélica, mãe, trabalhadora do lar e agora chefe de família. Vê-se num pandemônio. Filho desempregado, marido inválido, filha gestante e abandonada pelo "marido". Dona Angélica se desdobra. Virou "empreendedora" e vende lanche na porta da fábrica onde seu filho um dia trabalhou. Reza, faz promessa e sonha que tudo isso possa mudar. Para muito essa senhora que é uma personagem fictícia mas bem real em milhares de mães, pais e avós dentro desse brasilzão de meu Deus não se esforçou ou não estudou o bastante para ter algo melhor. Mas que diabos de meritocracia dribla o aumento corriqueiro da conta de energia, de água e do preço do feijão?! Onde é que se acha emprego digno que pague um salário cabível para uma farta feira mensal? Hoje isso é o retrato bruto da situação tupiniquim. Fome demais, sede demais e violência demais.

É preciso tirar coragem das entranhas para aguentar a dura realidade.

Que coragem, força e esperança não falte.


Diego Silva 




Imagem: Retirantes é um quadro de Candido Portinari, pintado em 1944 em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

16/02/2021

E escorre o orvalho dos céus


Chuva era pra ser sinônimo de esperança, e também de alegria. Logo a água da chuva mata sede tanto do corpo como da alma. Chuva é bom demais, diga-se de passagem. 

É por isso que os olhos do povão sempre brilha quando o céu nublado começa a se derramar. Fazendo escorrer pelas vielas e porteiras o bendito orvalho de Deus. 

É por isso que nunca imaginei que a chuva pudesse ser as lágrimas de Deus. Mas sim uma espécie de benção em forma líquida enviada pelo todo poderoso. 

Por fim, eu me empolgo demais. Amo isso. Amo a chuva.

Diego Silva

10/02/2021

RICARDO CAPPELLI: Dia da Infâmia


A Câmara dos Deputados deve impedir que o 10 de fevereiro se transforme no dia da infâmia nacional. Não é possível que a ganância dos rentistas triunfe sobre o drama social histórico que estamos vivendo. 

Autonomia do BC de quem? Para quem?

O Brasil possui a triste marca de mais de 230 mil mortos pela pandemia. A soma do desemprego aberto com os desalentados supera 20% da população. O drama social é gravíssimo. A urgência neste momento é sinalizar para os banqueiros da Faria Lima?

Autonomia do Banco Central de quem? Do poder popular? Dos dramas causados pela indecente concentração de renda e riqueza? Nada mais revelador do que a Bovespa subindo enquanto o país vive um drama sem precedentes.


(Texto retirado originalmente das redes sociais do autor) 

06/02/2021

THALIA TORRES: Substantivo-amor

*Por Thalia Torres

Seria o amor como descreve Luís de Camões? "Fogo que arde sem se ver"? "Ferida que dói e não se sente"? Podemos dizer que, de todos os sentimentos já possíveis na humanidade, o amor é um "bem-desesperado", "copioso e exemplário", atado ao remo dos "desvarios mais tiranos", em que dele, se é sujeito....?

Ao amor nada se explica, o amor a nada pertence,

o amor é verbo uno, versículo-intruso, uma chama latente, 

o amor é um andar-solitário, um invasor-agrário, num latifúndio tangente,

o amor é surto, desvio ciente, é um querer-acuado na loucura efervescente;

O amor é um linho nobre, um colchete, uma fita

é uma parede de quadros,

uma viga, um retalho, 

um alfinete-aliado,

medidor-demasiado, com preciosidade de chita;

O amor é léxico, clássico, antigo,

tem, como diz José Ribeiro: "a beleza da rosa", 

sendo uma das "flores mais formosas", num eterno-jazigo;

O amor é o sob a pele das palavras, mais que cifras e códigos, 

é o sol que consola os doentes e os renova, uma vã poesia, simples, uma prosa,

o amor é nada e todas as coisas, ora inteiro, ora em outrora, é um vapor, é mormasso, 

é o inchaço do relógio, sob a cinza das horas;

O amor é coletivo-avanço, a passos largos, desinibido, desengonçado,

ora é o pisar de botas, noutras nem é calçado, 

o amor é ferro, é osso, silicato, é em seu fosso, a profunda cobiça do seu desejo premeditado;

O amor é um teste, uma prece, uma peste, um insulto-requer a iniquidade,

ora é dilema, ora é  presunção, ora é tédio pulsante, vomitando a cidade,

o amor é feicho, o amor reduz, o amor engradece, o amor é o ego daqueles sem vaidade;

O amor é todas as ênfases e enfins, disparidades e afins,  é a sua verdade circunscrita,

é o broto, é o serafim, é o lusitano, é o tupiniquim, é a ethos no Brasil escravagista,

o amor é a promíscuo, é fantástico,  é deste mundo sobrenatural,  extraordinário sufragista;

O amor é aquilo que  só depende daquilo que ainda não lhe existe,

é conversor, é o seu opressor e só nele, inteiramente nele, consiste,

é a faca que tudo dissipa o mundo, que tudo nele se subdivide, se inside;

O amor é alma, é carne, é sangue, é valsa, é samba, é coração,

é  ardor, é justiça, é simplista, é mudança, ora separatista, noutra junção,

o amor é frio, acalento, é tormento, é vencimento, lembrança contida na solidão;

O amor é tudo, o amor é nada, o amor é fruto, o amor é adaga,

na sangria deste mundo, o amor é cortesia indulta, poesia, náufraga,

o amor é sede anglo-saxônica, já foi Rita, já foi Chico, já foi Adriana, e ainda assim não se basta;

O amor é leigo, o amor é  freio, é o anseio das ideias de "vão pertencimento",

é paradisíaco, repentino, libertino, é este eterno-inquilino sem contentamento;


* Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA. 

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