Advogadas gestantes tĂȘm sido impedidas
de atuar na PenitenciĂĄria Industrial Regional de Sobral (PIRS) devido Ă
exigĂȘncia de passar pelo body scan, equipamento que utiliza radiação. A medida,
aplicada mesmo diante da gravidez, coloca as profissionais em situação de risco
e constrangimento, jĂĄ que sem o procedimento nĂŁo podem atender seus clientes.
A prĂĄtica viola a Lei nÂș 13.363/2016,
conhecida como Lei JĂșlia Matos, que garante Ă s advogadas gestantes o direito de
ingressar em tribunais e unidades judiciĂĄrias sem serem submetidas a detectores
de metais ou aparelhos de raios X. Trata-se de uma prerrogativa federal, que
nĂŁo pode ser ignorada por gestores locais.
Segundo a presidente da ComissĂŁo de Direito PenitenciĂĄrio da OAB Sobral, Dra. Joana Dar’c, jĂĄ houve decisĂŁo favorĂĄvel dispensando as gestantes do body scan, mas o Estado recorreu. A subseção da OAB entrou com nova apelação para restabelecer o direito, e o processo segue em andamento.
O NĂșcleo de Defesa da Advocacia
Criminal (NuDAC) reforça que respeitar a Lei JĂșlia Matos Ă© respeitar a
dignidade da advocacia e da maternidade. Para o nĂșcleo, nĂŁo se trata de
privilĂ©gio, mas de saĂșde e garantia constitucional. O acompanhamento dos casos
busca assegurar que esse direito seja efetivamente cumprido.
Fonte: Blog do Célio Brito
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