O domingo (19) foi marcado por uma nova tragédia na Faixa de Gaza, onde bombardeios israelenses deixaram ao menos 45 palestinos mortos — entre eles, oito crianças e um jornalista — em uma clara violação do cessar-fogo firmado há poucos dias. Os ataques atingiram áreas densamente povoadas, incluindo escolas da ONU, abrigos de deslocados e prédios residenciais em Rafah, Khan Younis e Nuseirat. A justificativa apresentada por Israel, de que responderia a uma suposta ofensiva do Hamas, foi negada pelo grupo palestino, que reafirmou o compromisso com o acordo de trégua e denunciou o governo de Benjamin Netanyahu por manipular o conflito em benefÃcio polÃtico.
Desde o inÃcio do cessar-fogo, em 11 de outubro, já foram registradas dezenas de violações por parte de Israel, que mantém bloqueada a passagem de Rafah e impede a entrada de ajuda humanitária. A nova ofensiva soma-se a uma escalada de violência que já contabiliza mais de 68 mil mortos em Gaza, a maioria mulheres e crianças. Diante da indignação internacional e do avanço das investigações sobre crimes de guerra, cresce o isolamento de Netanyahu e de seu governo extremista, cada vez mais identificado com a lógica genocida e racista que destrói vidas e inviabiliza a paz na região.
Foto: Eyad Baba/AFP
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