Moses Rodrigues assina urgência para anistiar golpistas do 8 de janeiro

O deputado federal sobralense Moses Rodrigues (União Brasil) voltou aos holofotes nos últimos dias. Conhecido por apoiar medidas antipopulares no cenário nacional, Moses agora resolveu caminhar ao lado dos golpistas.

Ele é um dos 251 deputados que assinaram o pedido de urgência para a tramitação do Projeto de Lei nº 2.858/2022, o famigerado PL da Anistia, que pretende perdoar os criminosos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.

O pedido de urgência é uma tentativa de acelerar a votação do projeto, ignorando o debate nas comissões. A estratégia é tocada pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com apoio declarado de partidos que integram o próprio governo Lula, como União Brasil, MDB, PSD e Progressistas, além da tropa de choque bolsonarista do PL e Republicanos.

A lista de apoiadores chegou a ser retirada do ar no site da Câmara para tentar conter a reação negativa da sociedade e evitar retaliações políticas. Mesmo assim, o nome de Moses Rodrigues já estava entre os signatários.

Histórico polêmico do parlamentar na Câmara Federal

- Votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

- Apoiou a PEC do Teto de Gastos, que congelou investimentos em saúde, educação e políticas públicas por 20 anos.

- Votou a favor da Reforma Trabalhista, que precarizou ainda mais o mercado de trabalho.

- Votou a favor da Reforma da Previdência, retirando direitos históricos dos trabalhadores.

- Foi contra a abertura de investigação de Michel Temer, quando o ex-presidente foi denunciado por corrupção.

PL da Anistia: um ataque à democracia

De autoria do ex-deputado bolsonarista Major Vitor Hugo (PL-GO), o PL da Anistia tenta livrar da punição os autores dos atos golpistas entre 30 de outubro de 2022 e a data da aprovação da lei, incluindo empresários, caminhoneiros, militares e vândalos que participaram dos ataques às instituições democráticas.

O projeto é considerado inconstitucional por ministros do STF, pois tenta perdoar crimes que são inafiançáveis e imprescritíveis, segundo o artigo 5º da Constituição Federal. Ainda assim, a oposição e seus aliados seguem insistindo na pauta, buscando apoio até mesmo de governadores bolsonaristas como Tarcísio de Freitas (SP) e Cláudio Castro (RJ).

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Por Redação do Pasquim Sobralense

com informações de O POVO, CNN e bastidores da Câmara dos Deputados.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado