O blog Pasquim Sobralense recebeu denúncias de familiares de pessoas que estão presas na unidade prisional de Sobral de que os presos estão sendo torturados e recebendo tratamento humilhante e desumano por parte de policiais penais e até mesmo da direção.
São diversos os relatos que dão conta de que os presos são acordados às 4:00 horas da manhã, todos os dias, para procedimentos internos desnecessários, que são agredidos de forma física (com agressões e gás lacrimogêneo) e verbal (com xingamentos e ofensas de baixo calão) e que sofrem diversas ameaças, como por exemplo, de serem transferidos para celas de facções rivais para serem mortos.
Familiares relatam ainda que houve cortes na alimentação dos presos e que às vezes, na hora da refeição, os agentes fazem o corte de cabelo deles, com a finalidade de torturá-los, para não “terem paz” nem mesmo no momento da refeição.
Os familiares informaram ainda que na última visita ocorrida no presídio “todos estavam pedindo socorro”, pois estavam sofrendo maus-tratos.
De acordo com as informações, após a visita do dia 16 de março (domingo), no período noturno, na ala B do presídio de Sobral, foi feito “procedimento” pela equipe de segurança e, após isso, vários presos, de forma arbitrária e injustificada, foram levados a uma cela isolada das outras.
O blog Pasquim Sobralense entrou em contato com alguns advogados da região e que atuam na área criminal, dentre eles, a advogada Mônica Matias, que é inclusive colunista do blog.
Em
resposta, a advogada confirmou que há relatos de familiares apontando supostas violações de direitos humanos dos presos na unidade prisional.
“Eu inclusive
encaminhei, no dia 31 de março de 2025, denúncia formal à Comissão de Direitos
Humanos da OAB/Sobral e sigo aguardando providências das autoridades
competentes. Se confirmadas as suspeitas, o que temos aqui no presídio de Sobral
é um crime que não pode ser tolerado nem minimizado pelos órgãos públicos. A
situação reclama urgência, não podemos mais esperar”, diz a advogada.
A Dra. Mônica Matias ressalta que é importante que as pessoas denunciem esse tipo de violação, preferencialmente mediante formalização de Boletim de Ocorrência e o encaminhem para o profissional que atua na defesa processual do preso.
Outro
advogado ouvido pelo blog e que preferiu não se identificar esclarece que cerca
de 30% dos presos no Brasil são presos provisórios, ou seja, são pessoas que
estão aguardando julgamento, sem sequer ter comprovada a sua culpa.
“Mas
independentemente de o preso ter cometido ou não um crime, a sua dignidade não
é subtraída em nenhum momento, ela continua existindo e deve ser observada e
respeitada pelas autoridades e agentes que dirigem e trabalham nos presídios”,
apontou o advogado.
O blog Pasquim Sobralense é um veículo de informação livre e está aberto à população em geral e às autoridades que desejarem falar ou esclarecer sobre o assunto.
A
seguir, prints com alguns dos relatos recebidos pelo Blog. A identidades dos
envolvidos foi preservada.
3 Comentários
Meu marido que está lá também, no domingo dia 6 de abril ele mim pediu que eu desse um jeito de agilizar pra mim tirar ele de lá pq ele tinha apanhado,e que as costas dele estavam ardendo
ResponderExcluirA diretora Lidiane helcia, como os agentes acreditam na impunidade. Ela age como se fosse um poder supremo. Humilhando até mesmo os familiares
ResponderExcluirMeu marido que estava em ala normal presenciou um covardia da parte dos agentes, ele reclamou do que estava acontecendo e foi transferido para ala de segurança no caminho da ala normal até a segurança ele foi apanhando e arrastado, e até hj está na segurança ele me relatou que apanha quase todos os dias, jogam bomba, gás até mesmo tiro de bala de borracha, pra completar ainda tem um tal de "gergelim" que ele tacam nele, cheguei a ver o rosto dele na visita todo descascando, fora a humilhação no dia de visita, nós visitantes não podemos usar o banheiro da parte de dentro da unidade do présidio temos que sair pra usar o banheiro do lado de fora.
ResponderExcluirSó podemos usar o de lá de dentro quando já estamos lá no pátio da visita.
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