É lastimável o nível do discurso e linguagem em que opera o "líder" do grupo político de situação de Ipu. No último final de semana, durante um evento em sua residência, Sérgio Rufino não só ofendeu pessoas em seu grupo geral, como também setores dos quais se referia aos votos daqueles eleitores que lhe são opositores políticos. Em uma fala abominável, ele se referiu a pessoas da periferia de forma pejorativa, chamando-as de "farofeiras" e "borra de café".
Da "Farofa" à "Borra de Café"
Um discurso como esse é inadmissível, pois é de cunho classista (classes sociais), atingindo aqueles que, sem nenhuma culpa de suas mazelas, ocupam lugares socialmente estratificados. Na periferia, senhor Sérgio, tem gente de bem, trabalhadora e muitos de lá lhe deram mais da metade dos votos que você precisou nesses 12 anos, para no último final de semana, fazer um discurso de nível tão incivilizado! Não precisa gostar das pessoas, tanto as que ocupam as periferias como outros eleitores contrários ao seu projeto de poder, mas precisa e é obrigado a respeitá-las.
Aos "farofeiros", o senhor se refere àqueles pobres de classe trabalhadora que também contribuem para a economia da cidade, em vários outros aspectos? As "borras de café", o senhor se refere (em sentido pejorativo e racista) às pessoas que lhe deram parte do poder que adquiriu nas eleições, e depois as descarta quando não mais precisa delas, ocupando os cargos públicos e as pisando depois?
Respeite os eleitores, os seus adversários políticos e saiba agir com espírito republicano. Saia dessa poltrona ilusória que lhe faz pensar a cidade de Ipu como a sua apoteose! Pois, a atitude de todo político que adota a covardia e o ataque aos menos favorecidos e retaliados pela sociedade, sobretudo aqueles que não reconhecem seus adversários como tais, pela sua mania de grandeza, pereceram no tempo e para a história da humanidade! Foi assim no Império Romano, foi assim nos feudos, foi assim no puro suco do colonialismo e expansão europeia e está sendo assim dentro dos parâmetros do "Estado moderno".
Quem o senhor pensa que é? Quem vocês pensam que são? Um grupo minúsculo, banhado nas práticas da velha república, com uma visão de mundo tosca e mesquinha que mira um passado eterno, ultrapassados pelo tempo e pela própria existência indigna contida no desserviço que fazem às pessoas! "Grandes homens de poder" e minúsculos de moral e potência humana!
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Pasquim Sobralense
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*Thalia Torres (Lia), graduanda em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.
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