O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já fez elogios públicos ao ditador nazista Adolf Hitler, classificou como “criminosa” a declaração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando os ataques de Israel aos palestinos na Faixa de Gaza às mortes no Holocausto. Em entrevista à rádio CBN Recife nesta quarta-feira (21), Bolsonaro também acusou o atual chefe de Executivo de demonstrar “desconhecimento do que foi o Holocausto”.
“A fala de Lula é criminosa, não só infeliz, mas criminosa, que ofendeu não apenas os judeus, mas a humanidade também. Não existe comparar o exército de Israel com nazistas”, afirmou Bolsonaro.
A declaração do ex-presidente vem em meio à crescente pressão de parlamentares bolsonaristas contra Lula desde que o presidente disse o seguinte a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, no fim de semana passado: “O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”.
A oposição reagiu rapidamente à declaração de Lula, apresentando um pedido de impeachment que ganhou apoio mesmo entre integrantes de partidos que fazem parte do governo. Segundo informações do jornal O Globo, pelo menos 38 deputados de União Brasil, PP, Republicanos e PSD já assinaram a peça até a essa manhã. Apesar de serem de partidos que têm representação no governo, esses parlamentares têm se alinhado à oposição em questões de votação.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) apresentou uma moção de repúdio ao presidente, enquanto a oposição prometeu intensificar as ações contra Lula. O bolsonarista Marcel van Hatten (Novo-RS) anunciou que o partido irá entrar com uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Bolsonaro também questionou o impacto da declaração de Lula para o país, expressando preocupação com o futuro das relações internacionais do Brasil.
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