Um dos principais gargalos para o desenvolvimento socioeconômico do país está na área educacional e se reflete em todos os níveis e estados. Nos últimos anos, os reflexos da pandemia e os cortes de verbas por parte do governo de Jair Bolsonaro (PL) pioraram essa situação, que atinge milhões de jovens.
Dados recentes mostram a queda no acesso ao ensino superior no Brasil. Somente nas universidades públicas, o Censo da Educação Superior, feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que o país registrou redução de quase 19% no número de estudantes que conseguiram concluir a graduação em 2020, além de queda de quase 6% dos ingressantes no mesmo ano.
Além disso, de acordo com o 11ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, feito pelo Instituto Semesp, apenas 18% dos jovens entre 18 e 24 anos estão matriculados no ensino superior e apenas 17% das pessoas com 25 anos ou mais concluíram o curso. Os índices estão bem abaixo dos preconizados pelo Plano Nacional de Educação (PNE), cuja meta é de 33% estudando nos próximos 3 anos.
E o cenário educacional ainda vai piorar mais. Em maio, o governo Bolsonaro determinou um corte de R$ 1,6 bilhão do orçamento do MEC (Ministério da Educação) de 2022, o que interfere diretamente os institutos e universidades federais e órgãos ligados à pasta.
Recentemente, o ex-senador e pré-candidato a deputado federal do PCdoB do Ceará, Inácio Arruda, falou sobre um dos aspectos relacionados ao tema — a expansão e interiorização da educação superior — em live via Youtube.
“Nós ainda estamos em uma luta imensa no nosso país pela inclusão de uma quantidade gigantesca de alunos brasileiros que concluíram o ensino médio e não conseguem chegar à universidade”, declarou, em trecho publicado em suas redes sociais nesta terça-feira (7).
E os que chegam, completou, “para se manterem na universidade, precisam que o Estado brasileiro tenha e mantenha a obrigação de garantir que esse estudante tenha direito também de concluir o seu curso”.
Outro ponto destacado por Inácio é o fato de que o aumento da pobreza interfere diretamente nesse quadro, inclusive no que diz respeito à mobilidade dos estudantes. Em Fortaleza e região metropolitana, por exemplo, disse, “há uma quantidade enorme de alunos pobres que não têm, ainda garantido, o direito de chegar na sua sala de aula porque têm de optar entre comer e pegar a passagem de ônibus”. E resumiu: “Essa é uma tragédia social que a gente vive no Brasil”.
Para assistir a live completa, clique aqui
Fonte: Priscila Lobregatte no Portal do PCdoB
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