Maradona sintetizou a América Latina, um misto de genialidade, contradições e fragilidades. O gigante que fez potências se ajoelharem e que no fim acabou derrotado por si mesmo.
O jogador que peitou o mito da “Argentina branca e europeia”, mostrando que ele sim, mestiço e de origem pobre, era a verdadeira face do povo argentino.
Maradona foi uma espécie de Bolívar de chuteiras. O homem que vingou a Guerra das Malvinas driblando metade do time inglês e fazendo aquele que deve ser o gol mais bonito da história das Copas, em 1986. E que no mesmo jogo, com “la mano de Díos” revoltou os súditos da rainha, mostrando que o oportunismo não era monopólio dos imperialistas.
Entre um drible em terras italianas, com a camisa do Nápoli, e uma foto com o camarada Fidel em Havana, Maradona seguiu em meio ao turbilhão que foi a sua vida, e fez história.
Hoje a Grande América abraça a pátria de Perón e chora com ela.
Descanse em paz, Diego.
Seu legado de genialidade viverá.
Por: Vinicius Juberte. Originalmente publicado no Portal Disparada
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