Por Ricardo Cappelli
É compreensível ver parte da militância confusa com a votação sobre o perdão das dívidas das igrejas. O que não dá é pra assistir calado alguns cascudos, gente experiente, fazendo demagogia e desorientando a tropa.
Política se faz a partir da análise objetiva da realidade concreta. Vamos aos fatos:
1 - Segundo o IBGE, o Brasil será um país de maioria evangélica em 2032. Se já estamos em 2020, é razoável supor que a soma de católicos e evangélicos já forma ampla maioria na sociedade.
2 - Tratar todas as denominações religiosas como inimigas é um erro crasso. Um desvio esquerdista sectário descolado da vida real do povo. Tem gente que acha que o Brasil começa na Vila Madalena, passa pela Praça São Salvador e termina em Estocolmo. Não é bem assim.
3 - Os governos da esquerda cansaram de conceder benefícios fiscais a amplos setores empresariais e até a clubes de futebol. Na atual quadra, sofrendo um brutal isolamento político, vamos nós, "os fortões", romper com todas as igrejas e jogá-las no colo de Bolsonaro? Este é o objetivo? Sinceramente...
4 - Do ponto de vista fiscal, o perdão é insignificante. Quem é nosso adversário? As igrejas ou Bolsonaro? "Contradições principais e contradições secundárias", Sobre as Contradicoes, de Mao Zedong. Na política, se você não forma uma Frente Ampla contra o seu inimigo, ele monta uma Frente Ampla contra você. Isolamento é sempre a pior opção.
5 - Benedita é evangélica. O último estudo indica que 40% da população carioca é formada por evangélicos. Quem critica Bené não conhece o Rio, ou quer liquidar sua candidatura.
6 - Menos fígado e mais politica. Precisamos nos reconectar com o povo. Não será atacando sua fé que chegaremos lá. Temos é que compreender o fenômeno e ganhá-los pro nosso lado. Cristo pregou o tempo todo a igualdade. Quem defende isso? #FicaADica.
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