Irã critica resolução da ONU e afirma que medida retira dos palestinos o direito ao próprio Estado


O governo do Irã denunciou, nesta terça-feira (18), que a Resolução 2803 do Conselho de Segurança da ONU contraria direitos fundamentais do povo palestino, especialmente o direito à autodeterminação e à criação de um Estado independente com Jerusalém como capital. Segundo o Ministério das Relações Exteriores iraniano, o texto — aprovado com abstenções de China e Rússia — impõe uma espécie de “tutela” sobre Gaza e ignora a integridade territorial da Palestina.

Teerã advertiu que qualquer tentativa de legitimar a ocupação israelense, dividir a Faixa de Gaza ou separá-la de sua geografia histórica ameaça as aspirações do povo palestino e pode gerar consequências graves. A chancelaria reforçou que a comunidade internacional deve exigir a retirada total das forças ocupantes e responsabilizar autores de crimes de guerra, lembrando que, desde outubro de 2023, mais de 69 mil palestinos foram mortos e mais de 170 mil ficaram feridos. Ao reiterar que a resistência é considerada resposta legítima à ocupação, o Irã declarou que nenhuma solução externa pode ser imposta e que qualquer debate sobre o futuro da Palestina deve partir do consenso interno palestino.

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