Demissão de chefe militar dos EUA expõe crise interna e tensões com a Venezuela


O almirante Alvin Holsey, comandante do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, anunciou sua saída do cargo no fim do ano, dois anos antes do previsto. A decisão ocorre em meio à crescente tensão entre o governo Donald Trump e a Venezuela, e foi interpretada como reflexo de divergências internas sobre o uso da força no Caribe e o controle político das operações militares. Fontes apontam que Holsey se opôs à centralização das decisões estratégicas na Casa Branca e manifestou preocupação com os recentes ataques a embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, que resultaram em dezenas de mortes.

A renúncia do almirante, somada ao afastamento de outros altos oficiais, evidencia o enfraquecimento institucional do Comando Sul e a influência direta do governo Trump sobre a hierarquia militar. Analistas veem a mudança como parte de uma guinada ideológica e de um movimento de reconfiguração da presença dos EUA na América Latina, com a retomada de práticas intervencionistas sob o pretexto do combate ao narcotráfico. O episódio reforça o clima de instabilidade no centro do poder norte-americano e reacende o debate sobre o papel das forças armadas na política externa dos Estados Unidos.

Foto/Reprodução

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