A decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados de arquivar o processo contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gerou forte reação entre parlamentares e especialistas, que apontam um enfraquecimento dos mecanismos de controle interno da Casa. Deputados como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Duda Salabert (PDT-MG) classificaram a medida como “vergonhosa” e “desmoralizante”, enquanto o presidente do colegiado, Fábio Schiochet (União-SC), defendeu o cumprimento do rito processual e afirmou que o arquivamento foi legítimo. Um recurso com 86 assinaturas tenta reverter a decisão no plenário.
Juristas e cientistas políticos avaliam que o episódio evidencia uma crise de credibilidade e seletividade nas punições disciplinares da Câmara, reforçando a percepção de impunidade entre parlamentares. Para o constitucionalista Rubens Glezer, o caso revela “proteção política” e fragilidade institucional. Já o cientista político Leonardo Paz Neves classificou o arquivamento como “sem precedentes” e de “efeito devastador” para a imagem do Legislativo.

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