O cineasta norte-americano Woody Allen foi incluído na chamada “lista da morte” da Ucrânia após participar de um festival de cinema em Moscou. Apesar de ter declarado ao jornal The Guardian que considera o presidente russo Vladimir Putin “errado” e de se posicionar contra a guerra, Allen foi classificado pelo site ucraniano Myrotvorets como alguém que teria colaborado com a “propaganda russa”. O banco de dados mantém registros de pessoas acusadas de agir contra os interesses do regime de Kiev.
Entre os nomes já listados está também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluído desde abril de 2023. A justificativa foi a defesa de negociações de paz para encerrar o conflito, em desacordo com a posição da Ucrânia e de seus aliados da Otan. A ficha do presidente brasileiro, assim como de outros citados, traz dados pessoais e a acusação de ter cometido “atos contra a segurança nacional da Ucrânia, a paz e a ordem internacional”.
A lista também contempla figuras públicas como o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e até menores de idade, a exemplo do jovem russo Luka Andreev, de 16 anos, inserido por carregar uma bandeira da Rússia em protesto realizado na Alemanha. A divulgação e manutenção desse banco de dados pelo Centro “Pacificador” vêm sendo alvo de críticas internacionais por seu caráter de incitação à perseguição e violência.
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(Fotos: Europa Press News / Colaborador / Gettyimages.ru - Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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