A coligação em torno da reeleição do prefeito Eduardo Paes exemplifica como partidos diversos se unem localmente por interesses pragmáticos na política municipal.
Ganha destaque na mídia o arco de alianças políticas constituído em torno da candidatura à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro.
Verdadeiro caleidoscópio, no qual figuram partidos do centro conservador à esquerda, incluindo o PCdoB e o PT.
Novidade? Nenhuma.
A complexa e multifacetada sociedade brasileira, marcada pela diversidade econômica, social, cultural e até partidária, comporta todo tipo de aliança eleitoral tendo como foco a disputa pelas prefeituras.
Primeiro, porque a legislação eleitoral e partidária permite.
Segundo, porque não há e nunca houve correspondência exata entre composições partidárias em nível nacional e em nível local.
Terceiro e mais importante, são cerca de 35 partidos políticos legalizados hoje no país, pulverizados em agrupamentos locais e regionais — com raríssimas exceções, sobretudo o caso do PCdoB, que pela própria natureza de classe e perfil ideológico se faz uno em torno de sua linha programática e tática.
Claro que em boa medida há interesses convergentes entre as grandes forças políticas que se opõem nacionalmente entre si e a busca de resultados no pleito municipal que as fortaleçam para os embates seguintes;
No Rio de Janeiro mesmo Eduardo Paes é o oposto do bolsonarismo, que disputará com uma candidatura de extrema direita, possivelmente o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem.
Mas em cada cidade, mesmo nas capitais e nas de mais de 200 mil habitantes, a maioria dos partidos expressa opiniões e interesses muito particularizados.
Daí a conduta tática mais consequente é unir forças as mais diversas contra o adversário comum, tendo como referência uma plataforma que contemple os principais problemas e desafios do município.
A cidade do Rio de Janeiro é apenas um exemplo.
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Via Portal Vermelho
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