29/02/2024

Empresários presos são “bolsonaristas radicais” e financiaram acampamentos golpistas, diz relatório



A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apontou que Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, sócios do Melhor Atacadista na capital federal, foram financiadores de acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Ambos foram presos na manhã desta quinta (29) pela Polícia Federal em nova fase da Operação Lesa Pátria. A informação é da coluna Na Mira no Metrópoles.

Relatório feito pela PCDF diz que os sócios aponta que os sócios também são patrocinadores de vários outdoors que foram colocados no Distrito Federal em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Adauto, segundo a investigação, ainda teria criado um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro e alugar lonas para os acampamentos golpistas.

O relatório da corporação relata que Adauto e sócios forneciam alimento e água semanalmente para os golpistas acampados e também bancavam parte do pagamento dos banheiros químicos instalados na Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília.

“Existem indícios suficientes que Adauto Lucio de Mesquita tenha realmente, junto a seu sócio Joveci Xavier de Andrade, financiaram as manifestações antidemocráticas que ocorreram nesta capital, a partir do dia 31 de outubro de 2022”, diz o documento.

A PCDF afirma que os empresários são “bolsonaristas radicais” e que Adauto doou R$ 10 mil para a campanha do ex-presidente e então candidato Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Segundo investigadores, os acampamentos golpistas “culminaram com atentados ocorridos no dia 12 de dezembro de 2022, dia da diplomação do candidato eleito Luiz Inácio da Lula da Silva; o atentado a bomba ocorrido nos arredores do Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022; e, por último, o lamentável e triste episódio ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023”.

Investigadores apontam que um fato que chamou atenção durante a apuração foi a gratuidade de transporte a bolsonaristas e a promessa de que eles teriam abrigo e alimentação bancados assim que chegassem a Brasília. Eles suspeitavam que os golpistas eram “recrutados” em outros estados e alocados no acampamento.

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Fonte: Diário do Centro do Mundo

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