17/10/2023

Cid deseja e crê em reconciliação política com Ciro: “A gente pensa parecido”


O senador Cid Gomes (PDT) disse acreditar e desejar uma reconciliação política com o irmão, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT). A relação dos dois está abalada desde as eleições de 2022 em meio ao racha que encerrou a aliança de 16 anos entre o PT e o PDT. Na época, Cid e Ciro ficaram em lados opostos na condução do processo eleitoral e o ex-ministro chegou a dizer que a briga com os irmãos ia “sangrar até o fim dos meus dias”.

Acredito, espero e desejo que isso aconteça. Ciro sempre foi uma referência na política que sempre segui com toda convicção porque a gente pensa parecido na grande maioria das coisas, na grande maioria dos problemas, na resolução, na definições de soluções, aqui acolá a gente diverge”, apontou. A fala aconteceu nesta quinta-feira, 12, em entrevista à Rádio O POVO CBN Cariri.

Senador tem adotado postura de não comentar sobre sua relação pessoal e familiar com o irmão Ciro, mas revisitou os episódios da escolha do nome que disputaria o governo do Ceará em 2022. Cid apoiava que a aliança com o PT fosse mantida e Izolda Cela (sem partido) fosse indicada, enquanto Ciro foi o principal fiador do nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.

Cid afirmou que a estratégia de lançar RC foi equivocada e prejudicou até a campanha de Ciro à presidência no Ceará. O senador afirmou que já tinha projetado, internamente, que o racha prejudicaria o partido. Ele ressaltou mais uma vez ter se resguardo e evitado comentar publicamente o processo para não acentuar o conflito com o irmão.

Como aconteceu de fato, não era só uma previsão, um prognóstico, eu imaginava que esses setores do partido iam considerar a decisão que tomaram como equivocada. Foi inclusive ruim para o Ciro. Ele sempre teve, em todas as suas candidaturas, a maioria dos votos no Ceará. E eu acreditava que em outro modelo poderia ter uma votação bem melhor”, ressaltou Cid.

Ciro teve, em 2022, seu pior resultado em eleições presidenciais. Ele ficou em em quarto lugar, com 3% dos votos válidos. Foi a primeira vez que ele não terminou uma eleição presidencial como o candidato mais votado no Ceará, ficando atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

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Fonte: O Povo

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