Diego Silva: A desgraça no Carrefour expõe a hipocrisia do antirracismo tupiniquim


Agressões, mortes e solidão. Lacração, redes sociais e vida de aparências. Essa é a cara do 20 de Novembro. Essa é a cara do Dia da Consciência Negra no Brasil. Dia marcado por socos, pontapés e um assassinado filmado pra dizer cruamente que a luta antirracista não é no stories do Instagram ou no perfil do Facebook. 

O predomínio da vida virtual expôs não só a hipocrisia dos discursos mas também o comodismo dos "lutadores". Vidas Negras Importam? Sim, se for norteamericano e que traga likes. 

Negros e negras estão entregues ao total genocídio desde a "abolição da escravatura". Não somente a bala e repressão eliminam vidas Negras, mas também a depressão, a fome e miséria. Vivemos tempos líquidos e até demais. 

Me assusta saber que no Dia da Consciência Negra o brutal assassinato de um irmão mostra o quanto regredimos. O quanto uma vida não vale uma "sibalena". 

Punitivismo vai ter? Sim, óbvio. Mas pra quem? Pra quem se levantar de verdade contra o que Abdias do Nascimento chamava de Genocídio do Negro Brasileiro. 

Conflito ou passividade?

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