11/05/2020

A desonestidade de quem chama responsabilidade de autoritarismo

Por Diego Silva* 

Ronda o debate político a ideia rasteira que governantes estão usando um autoritarismo à lá Mussolini nas cidades e estados em que governam. Uma espécie de fascismo interiorizado. E essa propagação tem ganhado uma certa divulgação por partes de simpatizantes do presidente negacionista Jair Bolsonaro. Chegando até a beirar ao ridículo, pois chamar atitudes rigorosas de preservação da vida de autoritarismo, vindo de pessoas que compactuam com ditaduras e negam a crise atual, escancara uma poça enorme de hipocrisia em nossa sociedade. 

Em Sobral/CE o prefeito Ivo Gomes (PDT) tem tomado atitudes importantes. Como por exemplo o uso obrigatório de máscaras em vias públicas, o fechamento até o dia 18/05 do mercado central (que é pico de movimentação) e uma autodeclaração de extrema necessidade de circulação para quem não pode parar por total. Tudo isso com a intenção de evitar o crescimento dos casos de covid-19. Da mesma forma Roberto Cláudio (prefeito de Fortaleza), Carlos Ronner (prefeito de Coreaú) e o governador Camilo Santana tem tomado ações desse tipo para conter essa crise sanitária. 

Ao contrário dos governantes supracitados uma oposição vil e rasteira usa as problemáticas atuais para acentuar o debate político/eleitoral. Destilando ódio e uma enxurrada de inverdades como essa ideia de chamar as atitudes de cuidado e proteção de autoritarismo. 

Essa posição negacionista do presidente tem sido a bíblia desses grupos de "novos ricos", neofascistas e fisiologista políticos. Ambos visando o lucro, a exploração e as eleições municipais. Carregando consigo o sentimento do oportunismo, e que pode trazer confusão para as pessoas que ainda não entenderam a gravidade do problema. 


*Diego Silva, acadêmico de Ciências Sociais (UVA) e editor do Pasquim Sobralense. E-mail: diego.juventudesobral@gmail.com

(Imagem: Prefeitura Municipal de Sobral)

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